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Ibovespa recua 0,43% com movimento de ajuste

Sem noticiário relevante para guiar os negócios, investidores preferiram ajustar posições, após máximas recentes do Ibovespa

Bolsa: "Isso não é reversão de tendência, é uma realização natural", disse um gerente (Germano Lüders/Exame)

Bolsa: "Isso não é reversão de tendência, é uma realização natural", disse um gerente (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 9 de outubro de 2017 às 17h55.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista emendou a segundo pregão no vermelho nesta segunda-feira de noticiário político e agenda econômica mais esvaziados, em dia de feriado nos EUA.

O Ibovespa caiu 0,43 por cento, a 75.726 pontos, mas ficou longe da mínima da sessão, quando perdeu 1,15 por cento. Na semana passada, o índice acumulou alta de 2,37 por cento.

O giro financeiro da sessão de 6,64 bilhões de reais foi menor da média na semana passada, de 9,42 bilhões de reais.

"Isso não é reversão de tendência, é uma realização natural. Esse ajuste precisa acontecer para dar mais fôlego ao mercado", disse Ari Santos, gerente de renda variável da H.Commcor.

Sem noticiário relevante para guiar os negócios, investidores preferiram ajustar posições, após máximas recentes do Ibovespa, enquanto aguardam novidades no campo político.

A expectativa nesta semana é pela leitura do parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), relator da denúncia contra o presidente Michel Temer, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na sexta-feira, uma fonte disse à Reuters que o governo terá de fazer um esforço maior para derrubar a segunda denúncia contra o presidente e dois ministros.

O cenário econômico segue positivo, impedindo que os ajustes sejam mais fortes, mesmo após os números de inflação na sexta-feira acima do esperado. Nesta manhã, a pesquisa Focus do Banco Central mostrou que o mercado elevou a projeção para a inflação neste ano, praticamente colocando-a de volta dentro do intervalo da meta oficial, mas sem alterar a expectativa pela manutenção dos cortes da taxa básica de juros.

Destaques

- PETROBRAS PN teve alta de 1,27 por cento e PETROBRAS ON subiu 0,67 por cento, numa sessão volátil para os preços do petróleo no mercado internacional, mas que também fecharam no azul.

- VALE ON caiu 1,99 por cento, em sessão de perda para os contratos futuros do minério de ferro na China, na reabertura dos mercados após uma semana de feriado.

- USIMINAS PNA teve queda de 1,82 por cento, após alta de mais de 4 por cento na sexta-feira. GERDAU PN cedeu 0,56 por cento e CSN ON caiu de 3,41 por cento, em sessão de queda dos contratos futuros do minério de ferro, apesar da alta para os futuros do aço na China.- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 1,19 por cento. BRADESCO PN abandonou as mínimas e fechou com variação negativa de 0,06 por cento.

- FIBRIA ON avançou 2,51 por cento diante de comentários positivos de analistas, vendo a manutenção de cenário favorável para os preços da celulose. O BTG Pactual reforçou a recomendação de compra para os papéis e destacou o potencial desalavancagem da empresa. O JP Morgan tinha elevado o preço-alvo das ações.

- SABESP ON subiu 2,07 por cento, após a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo autorizar reajuste tarifário de 7,8888 por cento, acima do total estimado em revisão preliminar.

 

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