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Ibovespa recua 0,25% com exterior; ações da Fibria avançam 2%

Muitos investidores decidiram colocar no bolso os ganhos recentes, após o Ibovespa ter renovado máximas desde o início do ano

B3: "O volume negociado hoje foi mais fraco do que na semana passada, o que demonstra que o fluxo diminuiu" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: "O volume negociado hoje foi mais fraco do que na semana passada, o que demonstra que o fluxo diminuiu" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 19h23.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em queda pelo segundo pregão seguido nesta terça-feira, acompanhando a realização de lucros de bolsas no exterior, mas o movimento foi atenuado por ganhos no setor de papel e celulose após resultado forte da Fibria no quarto trimestre de 2017.

O Ibovespa caiu 0,25 por cento, a 84.482 pontos. O volume financeiro somou 9,873 bilhões de reais.

De acordo com profissionais da área de renda variável ouvidos pela Reuters, muitos investidores decidiram colocar no bolso os ganhos recentes, após o Ibovespa ter renovado máximas desde o início do ano, ultrapassando 85 mil pontos na semana passada pela primeira vez.

Um desses profissionais também citou uma presença mais fraca de estrangeiros na sessão, classe de investidor que vem dando suporte à bolsa paulista. "O volume negociado hoje foi mais fraco do que na semana passada, o que demonstra que o fluxo diminuiu", disse.

Na semana passada, o giro médio diário ficou ao redor de 12,8 bilhões de reais. No ano, é de pouco mais de 10 bilhões de reais. Já o saldo positivo de estrangeiros na Bovespa em 2018 superava 9 bilhões de reais até o dia 26.

No exterior, o norte-americano S&P 500 caía quase 1 por cento neste final de tarde.

Do lado positivo, a temporada de balanços das empresas listadas no Ibovespa começou com números fortes da fabricante de celulose Fibria. Analistas esperam, de modo geral, números sólidos e melhores do que um ano atrás para as companhias brasileiras nesta safra de resultados.

Destaques

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN caíram 2,44 e 1,81 por cento, na esteira do recuo dos preços do petróleo no mercado internacional, além de noticiário intenso da companhia no final da segunda-feira, incluindo dados das reservas provadas da companhia.

- VALE perdeu 1 por cento, também pesando no índice, diante da queda dos preços do minério de ferro à vista na China.

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em baixa de 0,39 por cento, encerrando longe da mínima da sessão e ajudando a atenuar a pressão negativa. BRADESCO PN também colaborou ao reverter as perdas vistas mais cedo e encerrar em alta de 1 por cento. BANCO DO BRASIL cedeu 0,39 por cento e SANTANDER BRASIL, que divulga balanço após o fechamento, terminou com variação negativa de 0,2 por cento.

- QUALICORP cedeu 3,95 por cento, maior queda do Ibovespa. Analistas do BTG Pactual aguardam números fracos para a administradora de planos de saúde coletivos no balanço do quarto trimestre. Na contramão, ainda no setor de saúde, FLEURY subiu 2,41 por cento. Neste caso, a equipe do BTG avalia que o resultado pode surpreender, com expansão de margem.

- FIBRIA avançou 2,02 por cento, após repercussão positiva ao resultado do último trimestre, particularmente o desempenho do Ebitda ajustado. O setor de papel e celulose como um todo foi contagiado pelo balanço, com SUZANO PAPEL E CELULOSE fechando em alta de 2,88 por cento e KLABIN UNIT subindo 0,44 por cento.

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