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Ibovespa sobe 0,31% e fecha no maior nível em 5 meses; dólar vai a R$ 5,12

Índice acelerou ganhos com ata do Fed e foi impulsionado por ações de Petrobras e Vale, enquanto moeda americana recuou 1%

Painel de cotações na B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações na B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 10h36.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2022 às 18h54.

Ibovespa hoje: o principal índice da B3 avançou 0,31% nesta quarta-feira, dia 16 de fevereiro, fechando aos 115.180,95 pontos. É o maior patamar em cinco meses, desde 14 de setembro de 2021 (116.180,55 pontos).

As ações que impulsionaram o movimento de alta do principal índice da bolsa brasileira foram as da Vale (VALE3) e as da Petrobras (PETR3, PETR4), justamente as que possuem maior peso na composição do índice.

No meio da tarde, o índice chegou a acelerar os ganhos com a divulgação da ata da última reunião do Fed, que não trouxe novidades, mas essa valorização acabou sendo diluída com a proximidade do fechamento.

Já o dólar teve mais um dia de forte queda frente ao real, negociado a R$ 5,128 para venda.

No fechamento:

Ibovespa: + 0,31%, 115.180,95 pontos
Dólar: - 1,02%, R$ 5,128 (venda)
Vale (VALE3): + 0,73%, a 90,50 reais
Petrobras (PETR4): +1,75%, a 33,05 reais

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A Petrobras chegou a subir 4% na sessão desta quarta, tendo como pano de fundo a alta do petróleo e anúncios de desinvestimentos. A estatal informou o início da fase não vinculante para a venda de toda a sua participação de 20% na MP Gulf of Mexico, localizada no Texas e dona de campos offshore no Golfo do México. A PetroRio (PRIO3), que apresentou seu balanço do quarto trimestre na última noite, foi na contramão e encerrou em queda.

O contrato futuro do petróleo do tipo brent encerrou em queda de mais 2%, no patamar de 91 dólares o barril. No radar dos traders de commodities seguiram as tensões geopolíticas no Leste Europeu, após a Otan ter acusado a Rússia de aumentar ar tropas na fronteira com a Ucrânia, diferentemente do que alegou em público.

No fechamento:

Petrobras (PETR3): +2,20%
PetroRio (PRIO3): -1,98%

Outro destaque de alta foram as ações do Carrefour (CRFB3), que subiram 5,31% após a divulgação do balanço do quarto trimestre na noite de terça. A empresa teve crescimento anual de 3,7% em suas vendas brutas, para R$ 22,8 bilhões, encerrando o período com lucro líquido de R$ 766 milhões. O Assaí (ASAI3) disparou mais de 5%.

No fechamento:

Carrefour (CRFB3): +5,31%
Assaí (ASAI3): +7,14%

O BTG Pactual (BPAC11), que apresentou seu resultado nesta manhã, subiu mais de 2%. O banco de investimento fechou o ano com 6,5 bilhões de reais de lucro e retorno sobre patrimônio líquido de 20,3%. Analistas do Itaú BBA consideraram o balanço positivo. Em relatório, o BBA pontuou o fato de outras frentes terem "mais do que compensado" as queda de receita em investment banking, o que foi essencial para a manutenção da visão otimista para o ativo. Os analistas destacaram as expansões de empréstimos corporativos e nas divisões de gestão de ativos e patrimônio.

No fechamento:

BTG Pactual (BPAC11): + 2,10%

Na ponta negativa, a WEG (WEGE3) esteve entre as maiores perdas do Ibovespa: investidores reagiram aos números do quarto trimestre, divulgados nesta manhã. O BBA pontuou que o resultado esteve "mais pressionado na base trimestral e [a empresa] apresentou taxas de crescimento anuais mais contidas em comparação com trimestres anteriores".

No fechamento:

Weg (WEGE3): - 4,81%

No campo negativo ainda estiveram as ações da Eletrobras (ELET3, ELET6), que abriram em alta, no dia seguinte ao aval do Tribunal de Contas da União a uma das etapas da privatização, mas viraram para queda em um aparente movimento de correção.

Luiz Temporini, analista do BTG Pactual, apontou que o ativo ainda reserva grande potencial de alta com o andamento do processo de desestatização. O preço-alvo do banco para o papel sugere mais de 90% de valorização. 

Eletrobras (ELET3): -0,93%
Eletrobras (ELET6): -1,14%

Cenário externo

O tom negativo no exterior, com investidores monitorando as tensões envolvendo a Rússia e dados de inflação e atividade econômica nos Estados Unidos.

A bolsa de Londres foi o destaque negativo na Europa, após o Reino Unido divulgar sua maior inflação desde 1992. O Índice de Preço ao Consumidor britânico subiu de 5,4% em dezembro para 5,5% em janeiro na comparação anual.

Nos Estados Unidos, os índices de ações zeraram as perdas logo após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) às 16h (horário de Brasília), chegaram a subir, mas encerraram em direções opostas. O documento revelou que os membros do Fed esperam elevar as taxas de juros de forma mais intensa que as realizadas a partir de 2015, o que reforça a projeção de aumento de 0,50 ponto percentual. Mas esse cenário já estava precificado pelo mercado.

No fechamento:

S&P 500 (EUA): +0,09%
Nasdaq (EUA): -0,11%
Dow Jones (EUA): -0,16%
Stoxx 600 (Europa): +0,05%
FTSE100 (Reino Unido): -0,07%

 

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