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Vale cai mais de 5% e puxa queda do Ibovespa; bancos limitam perda

Economistas esperam juros mais altos para o fim do ano; semana será marcada por decisões do Copom e Federal Reserve

Painel de cotações na B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações na B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 14 de março de 2022 às 10h39.

Última atualização em 14 de março de 2022 às 17h06.

Ibovespa hoje: o principal índice da B3 nesta segunda-feira, 14, pressionado pelas ações da Vale. Os papéis da empresa, com a maior participação do Ibovespa, caem mais de 5%, após o minério de ferro tombar 7% na China. Temores sobre novas restrições para conter o avanço da Covid-19 no país, segundo a Reuters, contribuíram para o movimento de queda.

15h:
Ibovespa:
- 1,55%, 109.983 pontos
Vale (VALE3): - 5,22%
CSN Mineração (CMIN3): - 5,44%

Ações de siderúrgicas, também prejudicadas pela desvalorização do metal, acompanham as mineradoras no campo negativo.

Usiminas (USIM5): - 4,75%
Gerdau (GGBR4): - 4,70%
CSN (CSNA3): - 6,11%

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Outra commodity que passa por arrefecimento de preços é o petróleo brent, que recua mais de 5% nesta tarde, sendo negociado abaixo de 107 dólares. A depreciação em relação à máxima da semana passada, de 139 dólares, supera 20%. Ações do setor caem nesta sessão.

PetroRio (PRIO3): - 5,54%
3R (RRRP3): - 2,50%
Petrobras (PETR4): - 2,03%

No mercado internacional, investidores seguem atentos aos efeitos da guerra na Ucrânia e aos próximos passos do Federal Reserve. Nos Estados Unidos, o rendimento do título americano com vencimento em 10 anos sobe mais de 4%, se firmando acima dos 2% neste início da semana que deve marcar o início do ciclo de alta de juro no país.

S&P 500 (EUA): - 0,16%
Nasdaq (EUA): - 1,26%
Stoxx 600 (Europa): + 1,24%

O Fomc e o Copom, no Brasil, têm decisões de política monetárias marcadas para esta quarta-feira, 16. A expectativa, no Brasil, é de que a Selic suba em mais. Nesta segunda, o consenso do boletim Focus para a taxa Selic para o fim do ano subiu de 12,25% para 12,75%, enquanto parte dos economistas já projetam a taxa a 13,25%.

"A forte revisão é resultado da elevação dos preços de combustíveis, mas há também desconforto sobre a trajetória fiscal que segue incerta à medida que não se sabe exatamente o que o governo irá fazer para mitigar as altas nos combustíveis. Este cenário deve forçar a Autoridade Monetária dar uma alta de 1,25 ponto percentual", disse, em nota, André Perfeito, economista-chefe da Necton.

A expectativa de juros mais altos tem reflexos na bolsa, com alta das ações dos maiores bancos do país. A leitura é de que o setor, pelo menos no curto prazo, pode se beneficiar, com o aumento de spreads. Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil fecharam entre os maiores ganhos do Ibovespa, limitando as perdas do índice.

Itaú (ITUB4): + 1,53%
Bradesco (BBDC4): + 0,92%
Banco do Brasil (BBAS3): + 0,84%
Santander (SANB11): + 4,05%

Entre as maiores altas ainda estão as ações da JHSF, que sobe após ter caído 4% no último pregão em meio ao pessimismo sobre o setor de construção gerado pelo resultado da Tenda.

JHSF (JHSF3): + 5,61%
Tenda (TEND3): - 10,05%

No radar dos investidores ainda está a nova proposta da Aliansce Sonae para se fundir à brMalls.  O valor da oferta é 10,9% superior à anterior, com pagamento de 1,850 bilhão e entrega de 276.762.914 ações a serem emitidas pela Aliansce, representativas de 51,01% do capital da empresa formada pela combinação de negócios. As ações das duas companhias operam em queda. 

Aliansce Sonae (ALSO3): - 0,19%
brMalls (BRML3): - 1,12%

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