Estratégia de alocação de portfólio ainda deve privilegiar ativos voltados para o mercado interno, diz Ativa (Germano Luders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 05h12.
São Paulo – Uma grande oferta de crédito e um mercado interno extremamente aquecido fizeram de 2010 um ano de forte crescimento para o Brasil. Baseado neste cenário, grande parte dos analistas apostou que a bolsa brasileira pegasse carona neste movimento e que o ano terminasse com o Ibovespa em torno dos 80 mil pontos. Porém, o desempenho do principal índice da bolsa paulista foi bem mais modesto. Neste ano, o Ibovespa opera perto da estabilidade e próximo dos 68 mil pontos.
De acordo com a Ativa Corretora, 2011 reserva uma desaceleração do crescimento da atividade doméstica e pede maior seletividade no mercado de ações. “É possível que tenhamos recuperação das ações ligadas a commodities, que apresentam maior potencial de retorno, dependendo da recuperação de países desenvolvidos ”, projeta o relatório assinado pela equipe de estratégia da Ativa liderada por Mônica Araújo. A estimativa é de que o Ibovespa alcance os 82 mil pontos em dezembro do ano que vem.
“O tema investimento ainda deve ser um fator importante para a seleção de ativos, dada a expectativa de fluxo de demanda para empresas fornecedoras e pelo potencial de crescimento maior de resultados no futuros com a efetivação do aumento de capacidade produtiva. A recomendação é de cautela e seletividade”, destaca a Ativa.
A estratégia de alocação de portfólio ainda deve privilegiar ativos voltados para o mercado interno, segundo a Ativa. As empresas consideradas preferidas pela corretora no médio prazo são Petrobras (PETR4), Randon (RAPT4), Lupatech (LUPA3), Santos Brasil (STBP11), CCR Rodovias (CCRO3), Tractebel (TBLE3), Gerdau (GGBR4), Pão de Açúcar (PCAR5), PDG (PDGR3) e Bradesco (BBDC4).