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Ibovespa fecha perto dos 99 mil pontos e dólar tem menor valor em 2 meses

Notícias da China deram um impulso às ações da Vale e do setor de siderurgia; moeda dos EUA perdeu força com o otimismo no exterior.

Vale: ações subiram mais de 6% nesta terça-feira. (Pilar Olivares/Reuters/Reuters)

Vale: ações subiram mais de 6% nesta terça-feira. (Pilar Olivares/Reuters/Reuters)

TL

Tais Laporta

Publicado em 11 de junho de 2019 às 17h30.

Última atualização em 11 de junho de 2019 às 18h20.

São Paulo - Impulsionado pela Vale e pelo setor siderúrgico, o Ibovespa, maior índice da bolsa brasileira, avançou 1,53% neste terça-feira (11), ultrapassando os 98 mil pontos pela primeira vez em quase três meses. O otimismo do mercado também fez o dólar recuar para o menor valor em dois meses, a R$ 3,8504.

Mineradora e siderúrgicas lideram ganhos

As empresas do setor de mineração e siderurgia dominaram as principais altas do Ibovespa, com as ações da mineradora Vale liderando os ganhos. Os papéis subiram 6,39%, negociados a R$ 51,43 cada.

Duas notícias vindas da China animaram o mercado. A primeira foi a disparada nos preços dos contratos futuros do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian. O produto é o terceiro mais exportado pelo Brasil, que tem o país asiático como seu principal mercado.

A alta da commodity também contribuiu para o bom desempenho da siderúrgica CSN, que subiu em torno de 5,7% no fechamento, a segunda maior alta do Ibovespa depois da Vale. A Gerdau avançou mais de 3%, enquanto Usiminas valorizou quase 2%.

Também agradou a notícia de que a China permitirá que governos locais usem os recursos de títulos especiais para importantes projetos de investimento, incluindo estradas, oferta de gás e energia e ferrovias.

A medida ajudou a impulsionar uma recuperação das ações asiáticas e europeias. Já Wall Street teve os pregões no azul, ainda reagindo ao alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e México.

Cenário político ainda no radar

Enquanto o exterior prevaleceu nos negócios do dia, o mercado seguiu atento à votação na Comissão Mista do Orçamento (CMO) do projeto sobre o crédito suplementar, além de reunião de governadores para tratar da permanência dos Estados na reforma da Previdência.

Em relação aos ruídos envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, há avaliações no mercado de que se trata de "mais uma tempestade em copo d’água", mas também de que a cautela se mostra prudente dado o risco de atrapalhar o andamento da agenda econômica e adicionar volatilidade.

Em Brasília, parlamentares admitiram que o caso da suposta colaboração entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores da operação Lava Jato pode tumultuar o Congresso em meio à tramitação da reforma da Previdência, mas garantem que o projeto é importante e será blindado.

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