Mercados

Ibovespa renova máxima de fechamento com trégua em guerra comercial

Índice de referência do mercado acionário brasileiro avançou 0,35%, a 89.820,09 pontos

Ibovespa: alta foi sustentada por setores de commodities diante do otimismo de investidores com a trégua na disputa comercial entre Estados Unidos e China (Cris Faga/Getty Images)

Ibovespa: alta foi sustentada por setores de commodities diante do otimismo de investidores com a trégua na disputa comercial entre Estados Unidos e China (Cris Faga/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 18h29.

Última atualização em 3 de dezembro de 2018 às 19h23.

São Paulo - O principal índice de ações do Brasil fechou no azul nesta segunda-feira, 3, renovando a máxima de fechamento, sustentado pelos setores de commodities diante do otimismo de investidores com a trégua na disputa comercial entre Estados Unidos e China.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,35 por cento, a 89.820,09 pontos. O indicador chegou a subir 1,94 por cento na máxima, tocando 91.242,22 pontos. Em 2018, a alta é de quase 18 por cento.

O giro financeiro da sessão somou 17,7 bilhões de reais, superando a média diária de 12,1 bilhões de reais em 2018.

Ações de empresas atreladas a commodities, especialmente Vale, Petrobras e siderúrgicas, foram os destaques positivos.

No final de semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, aceitou suspender por 90 dias um aumento de tarifas sobre produtos chineses inicialmente previsto para 1º de janeiro. Em troca, o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu elevar compras de produtos norte-americanos, incluindo commodities agrícolas.

"O cessar fogo entre EUA e China, somado ao tom mais brando do Fed em relação à necessidade de alta de juros, foi o gatilho que faltava para diminuir a aversão a risco nos mercados globais", escreveram analistas da XP em nota a clientes.

Alguns analistas, no entanto, avaliam que o cenário internacional ainda requer cautela.

No front doméstico, as atenções de investidores se dividiam entre o noticiário corporativo e as articulações da equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro para aprovar as reformas estruturais.

A B3 divulgou nesta sessão a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa para o período de janeiro a abril, com inclusão da BR Distribuidora.

Destaques

- USIMINAS PNA subiu 4,71 por cento, na esteira do avanço dos preços do aço na China, o que favoreceu o setor siderúrgico. GERDAU PN teve acréscimo de 4,33 por cento e CSN ganhou 3,49 por cento.

- VALE subiu 2,48 por cento, entre as principais influências positivas do índice, refletindo a alta das cotações do minério de ferro no mercado chinês.

- MARFRIG ON saltou 2,58 por cento, após a empresa anunciar a conclusão da venda da subsidiária Keystone para Tyson Foods e a redução do endividamento com a quitação de empréstimo de 900 milhões de dólares. Ainda no radar esteve a notícia veiculada pelo Valor Econômico de que a Marfrig fez oferta pelos ativos bovinos da BRF na Argentina e também teria se disposto a assumir a produção de hambúrguer da rival no Brasil.

- PETROBRAS PN avançou 1,89 por cento e PETROBRAS ON ganhou 2,84 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no exterior e tendo ainda como pano de fundo a notícia da formação de joint venture com a Murphy Oil . A conclusão da transação ocorreu com o pagamento líquido de 795 milhões de dólares realizado pela Murphy à Petrobras America.

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 1,25 por cento, e BRADESCO PN cedeu 1,72 por cento.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney