O índice encerrou a segunda-feira negociado a 59.571 pontos (Gustavo Kahil/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2012 às 06h12.
São Paulo – O Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, passa por um momento de indefinição que pode resultar em uma tendência de alta ou de queda no curto prazo, aponta o analista gráfico do Itaú BBA, Marcello Rossi.
Acontece que o mercado esperava há algum tempo que o rompimento de uma linha que representa a média móvel de 200 dias – preço do fechamento do índice dividido pelo período analisado –, que passa ao redor dos 60 mil pontos, indicasse uma tendência de alta.
“Imaginávamos que o índice iria entrar em alta no curto prazo, mas a surpresa é que o Ibovespa não teve força após chegar aos 63.500 pontos e agora está em uma zona de indefinição”, ressalta Rossi em uma entrevista para EXAME.com.
Teste
Após atingir no último dia 14 de setembro os 62.105 pontos, o índice encerrou a segunda-feira negociado a 59.571 pontos. De acordo com o analista, a tendência de alta no médio prazo (3 a 4 meses) está confirmada, mas a de curto (1 mês) está em xeque.
“Quando ultrapassou a região dos 60 mil pontos, a nossa expectativa era chegar a 65 mil pontos e a 69 mil pontos, que foi a máxima atingida durante o pregão de 14 de março. Agora, está sendo testada para baixo”, explica.
Parada
Segundo Rossi, o índice “parou para pensar” porque neste ponto atual pode definir uma tendência de alta, caso fique acima de 61 mil pontos, ou de baixa, se perder o nível dos 58.300 pontos (com suportes em 56.200 e 52.200 pontos).
“É um momento peculiar do mercado. Geralmente se está em alta ou baixa e a indefinição não costuma levar muito tempo. Há uma pressão para tomar uma decisão porque as tendências duram muito mais tempo do que uma indefinição. O índice parou pensar, mas pode se decidir ainda nesta semana”, avalia.
No gráfico abaixo, as retas formam um triângulo – símbolo da indefinição. O índice precisa romper os lados da figura para mostrar uma definição.