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Ibovespa opera sem viés definido; petróleo e política pesam

Às 11:59, o índice da bolsa brasileira caía 0,24 por cento, a 62.322 pontos. O giro financeiro era de 2,19 bilhão de reais

B3: cenário político limitava ganhos no índice da bolsa brasileira (Germano Lüders/Site Exame)

B3: cenário político limitava ganhos no índice da bolsa brasileira (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 7 de julho de 2017 às 12h15.

Última atualização em 7 de julho de 2017 às 12h24.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista oscilava entre leves altas e baixas nesta sexta-feira, com a queda do preço do petróleo e a persistente cautela quanto ao cenário político limitando tentativas de recuperação após o fraco fechamento da véspera.

Às 11:59, o Ibovespa caía 0,24 por cento, a 62.322 pontos. O giro financeiro era de 2,19 bilhão de reais.

O mais recente número de inflação do país amparava a tentativa de recuperação da bolsa, uma vez que reforça a manutenção da tendência de queda das taxas básicas de juros, aumentando a atratividade da renda variável.

A inflação oficial desacelerou a 3 por cento nos 12 meses encerrados em junho, no limite inferior da meta oficial de 4,5 por cento, com tolerância de 1,5 ponto percentual.

No entanto, investidores ainda preferem evitar grandes movimentos diante das incertezas no quadro político, que se acentuaram após a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer e seus impactos no andamento das reformas.

Na véspera, em mais um capítulo da crise, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o país está se aproximando da "ingovernabilidade" e que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reúne condições para trazer um mínimo de estabilidade até 2018.

"Tasso... embaralhou mais o quadro político, abrindo porta de apoio para que Rodrigo Maia substitua Temer na presidência já que o presidente não tem mais condições de governabilidade", escreveu o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira.

Destaques

Lojas Americanas PN tinha alta de 3,05 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, após o Credit Suisse retomar a cobertura do papel, com recomendação "outperform" e preço-alvo de 18 reais.

- Vale PNA subia 0,44 por cento e Vale ON avançava 0,17 por cento, em sessão de ganhos para os contratos futuros do minério de ferro na China, que subiram pela primeira vez em quatro dias.

- Eletrobras ON avançava 0,76 por cento e Eletrobras PNB cedia 0,37 por cento, após forte altas na véspera, na esteira do anúncio de proposta do governo para ampla reforma do setor elétrico, incluindo mecanismos para facilitar privatizações que devem incentivar vendas de ativos pela Eletrobras.

- Petrobras PN caía 1,64 por cento e Petrobras ON tinha baixa de 2,17 por cento, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional. No radar também estavam notícias da empresa, incluindo a de que a estatal colocou à venda seus ativos no Paraguai e o anúncio de mais um corte nos preços da gasolina e do diesel.

- Azul PN, que não faz parte do Ibovespa, subia 2,36 por cento após comunicar alta de 20,7 por cento no tráfego total de passageiros em junho ante igual mês de 2016.

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