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Ibovespa opera sem viés com cautela por política

Às 11:23, o índice da bolsa brasileira tinha variação positiva de 0,08 por cento, a 62.340 pontos. O giro financeiro era de 1,5 bilhão de reais

B3: incertezas políticas permanecem fortes desde as denúncias contra o presidente Michel Temer (Facebook/B3/Reprodução)

B3: incertezas políticas permanecem fortes desde as denúncias contra o presidente Michel Temer (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 2 de junho de 2017 às 12h05.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista oscilava entre leves altas e baixas nesta sexta-feira, com a cautela pelo cenário político pressionando, enquanto as ações da Cemig figuravam entre as maiores altas após anúncio de plano de desinvestimento.

Às 11:23, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,08 por cento, a 62.340 pontos. O giro financeiro era de 1,5 bilhão de reais.

As incertezas políticas permanecem fortes desde as denúncias contra o presidente Michel Temer, com investidores monitorando os desdobramentos da crise, à espera de mais clareza, inclusive, sobre a permanência de Temer no cargo.

Em um dos mais recentes capítulos da crise, o procurador-geral da República pediu novamente na véspera a prisão de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, no âmbito do inquérito em que ambos são investigados por suspeitas de corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa.

"A prisão de Loures poderia colocar Temer, mais uma vez, numa situação complicada. Poderia haver delação premiada, é claro", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos, em nota a clientes.

No exterior, investidores digeriam os dados mais amplos do mercado de trabalho nos Estados Unidos em maio. Os números mostraram que o crescimento do emprego desacelerou em maio e os ganhos dos dois meses anteriores não foram tão fortes como anteriormente relatado, apesar de a taxa de desemprego cair para o menor nível em 16 anos, a 4,3 por cento.

DESTAQUES

- CEMIG PN avançava 2,7 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, após a empresa anunciar o plano de desinvestimentos que inclui ativos que somam valor patrimonial de 6,564 bilhões de reais, com previsão da empresa de sucesso em no mínimo 50 por cento até o primeiro semestre de 2018.

- Petrobras PN recuava 0,3 por cento e Petrobras ON subia 0,2 por cento, em sessão de baixa para os preços do petróleo no mercado internacional, que cediam em meio a preocupações de que a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de abandonar um acordo de clima possa desencadear mais atividade de exploração nos Estados Unidos, piorando um excedente global.

- Vale PNA subia 0,5 por cento e Vale ON ganhava 0,45 por cento, em sessão volátil para os papéis da mineradora, e marcada por ganhos para os contratos futuros do minério de ferro na China nesta sessão.

- Bradesco PN caía 1,3 por cento, pressionando do lado negativo devido ao peso no Ibovespa. Já Itaú Unibanco PN, também de peso relevante na composição do índice, tinha movimento mais contido e subia 0,3 por cento.

- Eletrobras PNB subia 1,3 por cento e Eletrobras ON ganhava 1,9 por cento, após a queda acentuada da véspera. O mercado segue monitorando a empresa, à espera de eventuais impactos da crise política nos planos de venda de ativos da empresa.

- MRV ON avançava 0,8 por cento. No radar estava o anúncio do governo de contratação de 25.664 novas unidades habitacionais no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, com expectativa de geração de investimentos de 2,1 bilhões de reais.

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