B3: também pesavam no pregão brasileiro as incertezas relacionadas à reforma da Previdência (Germano Lüders/Exame)
Reuters
Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 11h11.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2018 às 11h12.
São Paulo - O principal índice de ações da B3 recuava na manhã desta segunda-feira, contaminado pelo quadro externo desfavorável, com queda nas praças acionárias na Europa e futuros norte-americanos, bem como recuo do petróleo.
Às 10:53, o Ibovespa caía 0,82 por cento, a 83.351 pontos. O volume financeiro no pregão somava 804 milhões de reais.
Também pesavam no pregão brasileiro as incertezas relacionadas à reforma da Previdência, prevista para ser votada até o final do mês pelos deputados.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira que não pretende retirar a Previdência da pauta da Casa antes do dia 20 de fevereiro, mas deixou em aberto a possibilidade de retirada após essa data.
No exterior, as praças acionárias reagiam a preocupações sobre o efeito de um robusto mercado de trabalho norte-americano na inflação, com a alta nos rendimentos de títulos públicos também pressionando os negócios.
O índice de ações europeu FTSEurofirst 300 caía 1,45 por cento e o futuro do norte-americano S&P 500 recuava 0,67 por cento.
- ITAÚ UNIBANCO caía 1,22 por cento, em nova sessão negativa para as ações de bancos no Ibovespa, antes da divulgação do seu resultado trimestral ainda nesta segunda-feira. BRADESCO PN cedia 0,29 por cento, tendo no radar o anúncio de que o seu conselho de administração indicou Octavio de Lazari Junior para assumir a presidência-executiva do banco, em substituição a Luiz Carlos Trabuco.
- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuavam 1,55 e 1,21 por cento, respectivamente, conforme os preços do petróleo Brent e WTI eram negociados perto da mínima em um mês, pressionados por uma maior produção nos Estados Unidos e um mercado físico fraco.
- SMILES perdia 2,78 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa. A equipe de estratégia do Itaú BBA liderada por Gregorio Tomassi retirou a ação de sua carteira recomendada para América Latina, citando entre outros fatores que os resultados podem desapontar.
- MRV caía 2,57 por cento, após o Credit Suisse cortar a recomendação das ações para 'underperform' ante 'neutra', bem como reduzir o preço-alvo para 14,50 de 16 reais, citando expectativa de ajustes no Programa Minha Casa Minha Vida, que pode afetar a construtora voltada à baixa renda.
- CIELO cedia 2,36 por cento, também na ponta negativa. Analistas do BTG Pactual reduziram a recomendação dos papéis para 'neutra', citando rali recente, enquanto reiteraram o preço-alvo de 27,5 reais.
- SUZANO PAPEL E CELUOSE subia 0,99 por cento, entre as poucas altas do dia, após notícias de que a companhia aumentou a partir deste mês os preços da celulose vendida a clientes da América do Norte e Europa em 30 dólares a tonelada. O setor de papel e celulose como um todo avançava nesta sessão.
- EMBRAER ganhava 1,64 por cento, ainda sob efeito das apostas ligadas a um possível acordo com a norte-americana Boeing. Duas fontes do governo afirmaram à Reuters na sexta-feira que o governo brasileiro deverá dar uma resposta nos próximos dias sobre se aceita a criação de uma terceira empresa, negociada entre as companhias como forma de contornarem as condições do governo federal em torno de uma eventual aquisição da companhia brasileira.
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