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Ibovespa fecha em alta pelo 5º pregão seguido e recupera os 122 mil pontos de olho em dados e Magalu

Magazine Luiza dispara 12% e lidera os ganhos do índice nesta segunda, após anunciar parceria com AliExpress para venda de produtos em ambos os marketplaces

Ibovespa: semana é marcada por divulgação de indicadores econômicos no Brasil e EUA (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: semana é marcada por divulgação de indicadores econômicos no Brasil e EUA (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 24 de junho de 2024 às 10h43.

Última atualização em 25 de junho de 2024 às 10h31.

O Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira, 24 em alta de 1,07%, em 122.637 pontos. Foi o quinto pregão de recuperação do principal índice da B3. Apesar da sequência positiva, a bolsa caminha para fechar o segundo semestre do ano em queda. A queda acumulada no ano está em 8,6%, refletindo um histórico de incertezas políticas e risco fiscal que se instalou no mercado no último mês.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +1,07% aos 122.637 pontos

No radar corporativo, investidores repercutiram o acordo entre Magazine Luiza (MGLU3) e AliExpress para listagem e venda dos produtos em ambos os marketplaces. Os papéis MGLU3 subiram 12,3%, liderando as altas do Ibovespa. Em comunicado ao mercado, a companhia informou que serão disponibilizados produtos de diversas categorias, complementares às disponíveis atualmente no e-commerce do Magalu.

"Com isso, a companhia amplia de forma significativa o sortimento oferecido, acelerando a sua estratégia de diversificação de categorias e de aumento da frequência de compra. Os pedidos realizados no Magalu serão importados por meio do programa Remessa Conforme, impulsionando a operação cross border da companhia."

Indicadores econômicos

A semana é marcada por uma agenda cheia em relação a indicadores. Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) divulgou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que subiu 1,9 ponto em junho, para 91,1 pontos, após queda mais expressiva no mês anterior.

Já o Boletim Focus desta semana mostrou novamente uma piora nas perspectivas macroeconômicas do Brasil. Como esperado pelo mercado, houve manutenção da Selic em 10,50% em 2024. Para 2025, 2026 e 2027, o BC também manteve a taxa básica de juros em 9,50%, 9% e 9%, respectivamente.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 foi elevado pela sétima semana seguida de 3,96% para 3,98%. O IPCA para 2025, por sua vez, foi elevado pela oitava semana consecutiva, subindo de 3,80% para 3,85%. A inflação para 2026 e 2027 se manteve em 3,60% e 3,50%, respectivamente.

IPCA-15, Ata do Copom e relatório da inflação

O mercado também acompanha, na quarta-feira, 25, a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação no Brasil. De acordo com Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank, esses dados preliminares fornecerão pistas sobre as pressões inflacionárias e poderão influenciar as expectativas do mercado sobre a política monetária do Banco Central (BC).

Antes, na terça-feira, investidores repercutem a divulgação da Ata do Copom. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 10,50%, movimento que marcou a interrupção do ciclo de corte de juros.

“Na quinta-feira, o BC publicará o relatório da inflação, que trará novas projeções econômicas. Após a divulgação, o presidente Roberto Campos Neto e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, participarão de uma entrevista em São Paulo, onde poderão fornecer mais insights sobre a visão do Banco Central em relação à economia e à inflação”, afirma Bazzo.

De olho no exterior

No cenário internacional, o destaque é a divulgação, na quinta-feira, do PIB do primeiro trimestre dos Estados Unidos. O consenso LSEG aponta para uma projeção de alta de 1,5%. Na sexta-feira, será apresentado o Índice de Preço de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), indicador preferido do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) para medir a inflação.

Segundo Bazzo, caso o PCE mostre uma moderação, pode haver menos pressão para novos aumentos de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), o que tende a ser positivo para o Ibovespa e levar a um enfraquecimento do dólar.

“Além disso, o primeiro debate eleitoral nos EUA na quinta-feira, 27, e o primeiro turno das eleições na França no final de semana são eventos geopolíticos que podem causar volatilidade nos mercados, dependendo das percepções de risco associadas às mudanças políticas.”

Dólar hoje

Nesta segunda-feira, 24, o dólar caiu 0,92% para R$ 5,391. Na última sessão, a moeda fechou com desvalorização de 0,39%, cotado a R$ 5,441.

Como é calculado o índice Bovespa?

Principal índice de ações da bolsa brasileira, a B3, o Ibovespa é calculado em tempo real, baseado na média do desempenho dessa carteira teórica de ativos, cada uma com seu peso na composição do índice.

Funcionando como um termômetro do desempenho consolidado das principais ações para o mercado, cada ponto do Ibovespa equivale a 1 real. Por isso, se o IBOV está em 100.000 pontos, isso quer dizer que o preço da carteira teórica das ações mais negociadas é de 100.000 reais.

Que horas abre e fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h45. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 16h55.

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