Invest

Ibovespa passa por correção e fecha em queda de 1%; dólar sobe para R$ 5,58

Principal índice acionário da B3 perdeu os 136 mil pontos, impactado pela queda de Itaú (ITUB4)

Ibovespa: após três dias de recordes, índice cai (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: após três dias de recordes, índice cai (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 22 de agosto de 2024 às 10h37.

Última atualização em 22 de agosto de 2024 às 18h15.

Após três pregões consecutivos renovando a máxima histórica, o Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira, 22, em queda de 0,95%, em 135.173 pontos. O principal índice acionário da B3 passou por uma correção após o rali.

Dentre as ações de mais peso na bolsa, a queda 0,92% do Itaú (ITUB4) ajudou a puxar o índice para baixo. Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Bradesco (BBDC4) também recuaram e impactaram o índice.

Os papéis ITUB4 desvalorizam após o banco UBS rebaixar a recomendação de compra para neutra, devido ao seu valuation e ao potencial limitado de valorização em relação ao preço-alvo.

Ibovespa hoje

  • IBOV: - 0,95%, em 135.173 pontos

Aumento nas apostas do corte de 0,25 p.p.

O mercado também repercutiu a divulgação dos novos pedidos de seguro-desemprego na semana encerrada no dia 17 de agosto. Segundo o Departamento do Trabalho, o país registrou 232.000 solicitações, em linha com as projeções do mercado e ante os 228.000 da semana anterior (números revisados).

Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, explica que os novos números mostram um enfraquecimento gradual do mercado de trabalho, ao mesmo tempo que não mostram uma elevação rápida dessa perda de força, o que poderia sugerir uma hipótese de 'growth-scare' (desaceleração abrupta e aguda).

Se restava dúvidas sobre uma possível recessão nos Estados Unidos, os novos dados do pedido de seguro-desemprego afastam ainda mais o temor e ajudam a calibrar a tese de que o Fed irá iniciar o ciclo de corte de juros em setembro.

Outro fator que colaborou para a solidificação da expectativa do corte foi a ata do Fed divulgada ontem, O documento mostrou que vários dos dirigentes notaram que um progresso na inflação justificaria um corte de 25 pontos-base (pb) já em julho e que a “vasta maioria” observa que, se os dados continuarem progredindo conforme o esperado, um corte na próxima reunião já seria apropriado.

Com os novos dados e o documento, o mercado rebalanceou suas apostas. Ontem, antes da ata, o FedWatch, plataforma de monitoramento do CME Group, apontava que 69,5% dos investidores apostavam em um corte de 25 pontos-base (p.b.) na reunião de setembro, enquanto 30,5% apostam em um corte de 50 pontos-base. Hoje, 75,5% apostam no corte de 25 p.b., enquanto 24,5% esperam um corte maior de 50 pontos-base.

Dólar hoje

Nesta quinta-feira, 22, o dólar fechou em alta de 1,98% aos R$ 5,581. Na sessão anterior, a moeda fechou em queda de 0,07%, cotada a R$ 5,481.

Como é calculado o índice Bovespa?

Principal índice de ações da bolsa brasileira, a B3, o Ibovespa é calculado em tempo real, com base na média do desempenho dessa carteira teórica de ativos, cada uma com seu peso na composição do índice.

Funcionando como um termômetro do desempenho consolidado das principais ações para o mercado, cada ponto do Ibovespa equivale a 1 real. Por isso, se o Ibov está em 100 mil pontos, isso quer dizer que o preço da carteira teórica das ações mais negociadas é de R$ 100 mil.

Que horas abre e fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o aftermarket ocorre entre 17h25 e 17h45. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 16h55.

Acompanhe tudo sobre:IbovespaDólarbolsas-de-valores

Mais de Invest

Como negociar no After Market da B3

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida