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Ibovespa hoje: Bolsa fecha em alta com otimismo no exterior e puxada por Vale (VALE3)

Bolsas avançam nos Estados Unidos com resultados acima das expectativas para o terceiro trimestre

Painel com cotações na B3: Natura (NTCO3) e Vale (VALE3) são destaques de alta (Germano Lüders/Exame)

Painel com cotações na B3: Natura (NTCO3) e Vale (VALE3) são destaques de alta (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 18 de outubro de 2022 às 10h31.

Última atualização em 20 de outubro de 2022 às 17h08.

O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, 18, acompanhando o apetite ao risco no mercado internacional. As Bolsas de Valores dos Estados Unidos têm o segundo dia de forte alta, com o início da temporada de balanços do terceiro trimestre surpreendendo positivamente os analistas.

Após grandes bancos americanos, como J.P. Morgan, Bank of America e Wells Fargo terem apresentado lucro acima das expectativas, nesta manhã, foi a vez do Goldman Sachs superar as estimativas do mercado para o resultado do terceiro trimestre. O banco teve lucro líquido por ação de US$ 8,25 no período contra consenso de US$ 7,80. A receita líquida ficou em US$ 11,98 bilhões, superando as previsão de analistas em US$ 500 milhões. As ações do Goldman Sachs abriram em alta de mais de 4% na NYSE.

No mercado brasileiro, onde os resultados serão divulgados a partir do fim deste mês, as prévias operacionais já fazem preço. Neste pregão, são as ações da Vale (VALE3), com o maior peso no Ibovespa, que dão o tom positivo ao índice. Os papéis da mineradora saltam cerca de 2% nesta manhã, após sua prévia do terceiro trimestre ter revelado um crescimento inesperado na produção de minério de ferro, que saltou 1,1% para 69 mil toneladas. 

Natura (NTCO3) chega as superar 17% de alta com IPO da Aesop no radar

A maior alta do Ibovespa, no entanto, é liderada pela Natura (NTCO3). As ações da companhia de cosméticos chegam a superar 17% de valorização, com investidores reagindo a um possível IPO de sua subsidiária Aesop. Todavia, acabou fechando em alta de 9,01%. A companhia informou na última noite que está avaliando a operação como forma de financiar o crescimento da marca.

"A operação é a mais rentável das que compõe o conglomerado, que hoje ainda sofre para concluir o turnaround da Avon", disse em Gabriel Garcia, analista da Guide, em relatório. O movimento, segundo ele, é positivo, mas apenas para o curto prazo da ação. "Para prazos mais longos, a geração de valor para a Natura passa pela recuperação da marca Avon, que ainda não parece ter um caminho fácil pela frente."

Leia mais: Por que a Natura estuda um IPO da Aesop?

Oi (OIBR3) desaba com grupamento no radar

As ações da Oi (OIBR3/OIBR4) caíram mais de 13% no pregão desta terça-feira, sendo negociadas no menor patamar da história. Na mínima do dia, a ação ordinária chegou a ser negociada a R$ 0,31 e a preferencial a R$ 0,73.

A forte desvalorização ocorre após o conselho de administração da companhia ter aprovado o grupamento das ações ordinárias e preferenciais na proporção de 50 para 1. A queda acumulada no ano supera 50%.

O grupamento das ações da Oi ainda será apreciado em Assembleia Geral de acionistas prevista para 18 de novembro. No entanto, não deve haver grandes empecilhos, já que empresa precisa manter suas ações acima de R$ 1 para não ficar em desacordo com as regras de penny stock da B3.

Assaí (ASAI3) cai 9% na bolsa e tem maior queda intradiária desde ínicio da listagem

As ações do Assaí (ASAI3), empresa brasileira de atacarejo controlada pelo grupo francês Casino Guichard-Perrachon, caem mais de 9% em São Paulo nesta terça-feira, 18, maior queda intradiária desde a listagem da companhia, em março do ano passado.

Há uma preocupação crescente de que os problemas de alavancagem do Casino forcem o conglomerado a eventualmente se desfazer de ações do Assai, segundo três traders que pediram anonimato porque não podem falar publicamente.

O risco de crédito medido pelo CDS 5 anos do Casino subiu para 12.970 pontos-base, ante 3.977 pontos-base há apenas duas semanas, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Assai e Casino não responderam imediatamente a pedido de comentário.

Johnson e Johnson (JNJB34) tem alta de 21,6% no lucro do 3T22

A Johnson & Johnson divulgou nesta terça-feira, os resultados do terceiro trimestre de 2022.

A gigante farmacêutica e de produtos de higiene pessoal registrou uma leve queda de 0,6% na receita líquida, que passou de US$ 16,08 no terceiro trimestre do ano passado para US$ 15,98 no mesmo período deste ano.

O resultado, todavia, não impediu que a Johnson & Johnson registrasse uma alta de 21,6% no lucro líquido, que passou de US$ 3,66 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para US$ 4,45 bilhões no terceiro trimestre deste ano.

As vendas totais aumentaram um pouco menos de 2%, para US$ 23,79 bilhões, superando as expectativas do mercado. A empresa estima que os ajustes cambiais reduziram o crescimento das vendas mundiais em 6,2%.

Goldman Sachs (GSGI34) tem queda de 43% no lucro no 3T22

O Goldman Sachs (GSGI34) divulgou nesta terça-feira, 18, seus resultados do terceiro trimestre de 2022.

O banco americano registrou uma queda de 12% em sua receita líquida, passando de US$ 13,60 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para US$ 11,97 bilhões no mesmo período de 2022.

O lucro líquido, por sua vez, caiu 43% no período, passando de US$ 5,37 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para US$ 3,06 bilhões no mesmo período deste ano.

Entretanto, a previsão superou a estimativa dos analistas, que aguardavam um lucro de cerca de US$ 2,86 bilhões.

As quedas no lucro e na receita do Goldman Sachs eram esperadas, pois o terceiro trimestre do ano passado foi particularmente intenso para o banco, com o boom das Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) que acabou não ocorrendo em 2022.

 

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