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Ibovespa hoje: Bolsa acompanha alta no exterior com balanços e reviravolta fiscal no Reino Unido

Jeremy Hunt disse que planos de seu antecessor serão revisados; IBC-Br de agosto sai pior que o esperado

Painel de cotações da B3: Petrobras (PETR3/PETR4) e MRV (MRVE3) são destaques no pregão (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3: Petrobras (PETR3/PETR4) e MRV (MRVE3) são destaques no pregão (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 17 de outubro de 2022 às 10h45.

Última atualização em 17 de outubro de 2022 às 18h51.

O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, 17, seguindo o andamento positivo do mercado internacional. O humor positivo entre os investidores foi pavimentado pela divulgação dos balanços do terceiro trimestre que vieram acima das expectativas, além do novo direcionamento da política fiscal britânica.

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações fecharam com altas superiores a 2%, com bancos entre os destaques de alta. O Bank of America (BOAC34), que superou as estimativas do mercado para o lucro e receita do último trimestre, salta mais de 6%. J.P. Morgan e Wells Fargo, que apresentaram resultados acima das projeções na última sexta, subiram 4,20% e 1,34%, respectivamente.

Na Europa, as bolsas fecharam em alta, tendo no radar o anúncio do novo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt. Pela manhã, Hunt informou que todas as medidas relacionadas aos cortes de impostos anunciadas pelo seu antecessor, Kwasi Kwarteng, serão revistas.

Os planos de Kwarteng provocaram reações negativas no mercado britânico, culminando em sua demissão, na sexta-feira, 14. O anúncio de Hunt desta segunda foi realizado duas semanas antes do inicialmente previsto, em uma tentativa de acalmar o mercado e garantir a permanência da primeira-ministra Liz Truss no cargo.

Enquanto seguem atentos aos desdobramentos da economia internacional, o mercado brasileiro digere o IBC-Br de agosto, divulgado nesta manhã. O indicador de atividade econômica do Banco Central registrou uma queda mensal de 1,13%, saindo pior que o consenso de queda de 0,5%. O IBC-Br de julho, no entanto, foi revisto positivamente, passando de 1,17% para 1,67%.

O resultado negativo do IBC-Br de agosto revela maior impacto do aumento da taxa de juros na economia brasileira, segundo David Beker, economista do Bank of America. Esse efeito, disse em relatório, mais do que compensou os benefícios da extensão de benefícios sociais e da queda da inflação. Apesar do dado pior que o esperado, a persectiva do banco para a economia brasileira segue positiva.

Mesmo com esse resultado negativo do IBC-Br, o real acabou se valorizando no câmbio com o dólar:

  • Dólar: R$ 5,30 (- 0.37%)

Bank of America (BOAC34) tem queda no lucro do 3T22

O Bank of America (BOAC34) divulgou nesta segunda-feira, 17, seus resultados do terceiro trimestre de 2022.

O banco registrou um aumento de 7,45% das receitas, que passaram de US$ 22,8 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para US$ 24,5 bilhões no mesmo período deste ano. No segundo trimestre do ano, as receitas do Bank of America tinham sido de US$ 22,7 bilhões.

Entretanto, mesmo com essa alta das receitas, o lucro líquido do banco caiu 7,8%, passando de US$ 7,7 bilhões para US$ 7,1 bilhões na comparação anual. Um resultado provocado, principalmente, pelo aumento das provisões para dívidas duvidosas, que chegaram em US$ 900 milhões. No mesmo período do ano passado, as provisões tinham sido negativas, ou seja, tinham contribuído para aumentar o resultado do banco.

Credit Suisse (C1SU34) rebaixa avaliação de ações da Petrobras (PETR4)

O Credit Suisse (C1SU34) revisou nesta segunda-feira, 17, a avaliação das ações da Petrobras (PETR4) de outperform (desempenho acima da média do mercado) para neutro.

A avaliação do Credit Suisse é sobre as ações da empresa listadas no Brasil e dos American Depositary Receipt (ADR), ou seja os recibos das ações da Petrobras que são listados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

O preço-alvo do ADR foi reduzido de US$ 20 para US$ 16, isso por causa de um custo de capital presumido mais elevado 21% no valor nominal.

CVC (CVCB3) lança programa de fidelidade para ser "gerador de caixa"

A empresa de turismo CVC (CVCB3) lançou nesta segunda-feira, 17,  seu programa de fidelidade Clube CVC, que visa o acúmulo de pontos pelos clientes, que poderão utilizá-los no resgate de produtos e benefícios dentro do portfólio da companhia. Anunciado em março, o programa já era esperado pelo mercado, mas a ação reagiu bem ao lançamento e subia quase 9% no meio da tarde de segunda-feira. 

O programa de fidelidade da companhia surge como uma unidade de negócios. "Vamos ser a primeira empresa omnichannel ["multicanal"] do setor de turismo no Brasil. Programa de fidelidade vem para complementar nosso portfólio e o nosso negócio", disse o CEO da CVC, Leonel Andrade, em coletiva de imprensa para lançamento. Antes da companhia, Andrade comandou a Smiles, empresas de milhagem da companhia aérea Gol (GOLL4).

O objetivo da companhia é que o programa seja distribuído em mais de 1,1 mil lojas que a CVC tem atualmente em todo o Brasil. Neste primeiro momento, o piloto tem início no site e no aplicativo na operadora, chegando às lojas no primeiro trimestre de 2023.

MRV (MRVE3) despenca em reação à prévia 

Apesar do dia positivo na bolsa, as ações da MRV (MRVE3) desabam cerca de 10%, com investidores reagindo à prévia operacional do terceiro trimestre da companhia. No período, as vendas líquidas da MRV tiveram alta anual de 27,3%. Os lançamentos caíram 13,6%.

    Turismo dispara, com Azul (AZUL4), GOL (GOLL4) e CVC (CVCB3)

    As ações de turismo são destaque de alta neste pregão, após Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), elevar a projeção de crescimento do setor para este ano de 5,1% para 5,8%. A revisão foi baseada na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada acima das expectativas na semana passada. 

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