Painel de cotações da B3: Ibovespa não registrou nenhum pregão de alta em agosto (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 17 de agosto de 2023 às 10h14.
Última atualização em 17 de agosto de 2023 às 17h21.
O Ibovespa aprofundou a sequência histórica de perdas e caiu mais uma vez nesta quinta-feira, 17. O principal índice da B3 fechou em queda de 0,5%, aos 114.982 pontos, sua 13ª baixa consecutiva.
A forte tendência negativa acompanhou mais uma vez as preocupações do exterior. Nos Estados Unidos as principais bolsas fecharam o dia em queda, na expectativa que os juros vão continuar subindo na maior economia do mundo.
As expectativas pioraram ontem com a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No documento, os membros do Fed deixaram claro que riscos significativos para a inflação podem exigir um aperto monetário – ou seja, mais juros. A taxa americana atualmente está no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano.
Expectativas de juros mais altos por mais tempo impulsionam também os rendimentos dos títulos do Tesouro americano. O rendimento T-10, título americano com vencimento em 10 anos, atingiu máxima desde 2008 nesta madrugada, indo a 4,31%.
A força dos juros lá fora se refletiu na bolsa brasileira, que ficou com as empresas mais atreladas ao ciclo econômico entre as maiores baixas do dia. Na lanterna do índice, a Via caiu 6,1%.
A queda da bolsa só não foi maior hoje por causa da Vale, que subiu 1,4% e ajudou a segurar o índice. Depois de sete pregões consecutivos de baixas, a mineradora voltou a subir acompanhando o preço do minério de ferro. A commodity subiu 4,34% na bolsa chinesa de Dalian, de olho em mais incentivos econômicos do governo chinês.
O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.