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Ibovespa recupera parte das perdas, mesmo com IPCA acima do esperado

Segundo o IBGE, o IPCA fechou o mês de maio com alta de 0,46%, o que representa uma aceleração após avanço de 0,38% em abril

Ibovespa: bolsa recupera parte das perdas do dia anterior (Paulo Whitaker/Reuters Internet)

Ibovespa: bolsa recupera parte das perdas do dia anterior (Paulo Whitaker/Reuters Internet)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 11 de junho de 2024 às 10h27.

Última atualização em 11 de junho de 2024 às 17h37.

O Ibovespa fechou em alta de 0,73% nesta terça-feira, 11, em 121.635 pontos, recuperando parte das perdas da sessão anterior, quando fechou na mínima do ano. O destaque do dia é para a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que veio acima do esperado. Nos Estados Unidos, os índices Nasdaq e S&P 500 fecharam em patamar recordes, impulsionados pela disparada da Apple.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +0,73% aos 121.635 pontos

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA, indicador que é a inflação oficial do Brasil, fechou o mês de maio com alta de 0,46%, o que representa uma aceleração após avanço de 0,38% em abril. Já nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 3,93%. Os números vieram acima do consenso da London Stock Exchange Group (LSEG), que projetava alta de 0,42% na base mensal e 3,89% na base anual.

Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos, explica que as enchentes no Rio Grande do Sul já impactam na aceleração da inflação, em especial nos alimentos. “Houve maior abrangência na coleta de preços de alimentos e pedágios na região afetada”, diz. Apesar da alta acima do esperado, o especialista destaca que o quadro ainda é saudável no curto prazo, com os núcleos mais perto da meta de 3%. “A principal exceção segue sendo serviços, que roda perto de 5% e tem poucos motivos para ceder após os últimos dados de emprego e PIB.”

Com os novos números, o economista André Perfeito afirma que os dados reforçam a tese mais cautelosa na trajetória dos juros no país. “A primeira leitura dos dados reforçam a perspectiva mais hawkish do Banco Central e devem aumentar as apostas para apenas mais um corte da Selic”, diz. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece nos dias 18 e 19 de junho.

Já nos Estados Unidos, é amanhã, na quarta-feira, 12, que o Federal Open Market Committee (Fomc, comitê de política monetária dos EUA) se reúne para decidir os próximos passos da política monetária por lá. Apesar do mercado estar certo sobre a manutenção da taxa de juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, as sinalizações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, deixam investidores em alerta, principalmente após dados do payroll terem vindo acima do esperado.

Dólar hoje

O dólar encerrou a sessão anterior com alta de 0,61% aos R$ 5,357. Hoje, a moeda fechou em alta de 0,07%, cotada a R$ 5,361.

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