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Frustração com China derruba Vale e Ibovespa fecha em queda; Azul e Cogna disparam

Mercado aguardava ansiosamente pelo anúncio de novas medidas na volta do feriado chinês, fato que não ocorreu

Ibovespa: frustração com China derruba bolsa (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: frustração com China derruba bolsa (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 8 de outubro de 2024 às 10h25.

Última atualização em 9 de outubro de 2024 às 10h51.

O Ibovespa fechou em queda de 0,38%, aos 131.512 pontos, nesta terça-feira, 8 de outubro, impactado pela frustração em torno da China. O mercado esperava que, após o feriado, as autoridades chinesas anunciassem um novo pacote de estímulos fiscais, com projeções de mais de US$ 280 bilhões em apoio, segundo o UBS. No entanto, o anúncio não ocorreu.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,38% aos 131.512 pontos

Durante coletiva de imprensa, autoridades do principal órgão de planejamento chinês apenas detalharam um plano de resgate anterior. Isso gerou uma onda de frustração no mercado, fazendo o índice Xangai Composto, que abriu com alta de 10%, devolver parte dos ganhos e fechar com avanço de 4,59%.

A falta de novos estímulos pressionou os preços do minério de ferro, com o contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrando o dia em queda de 2,37%, a US$ 111,08 por tonelada. Em Singapura, o minério recuou 5,82%, para US$ 105,20 por tonelada, enquanto no mercado à vista, a commodity caiu 4,90%, cotada a US$ 105,85 por tonelada.

Com uma alta dependência de commodities, a bolsa brasileira foi pressionada. Segundo Bruno Benassi, analista de ativos da Monte Bravo, “havia grandes expectativas para novos estímulos da China, mas como isso não aconteceu, cobre e minério de ferro caíram, e mesmo o petróleo, que vinha subindo pelo Oriente Médio, também recuou”.

A Vale (VALE3) fechou em queda de 3,03%, enquanto Petrobras (PETR3; PETR4) recuou 2,16% e 2,01%, respectivamente, acompanhando a desvalorização de mais de 4% no petróleo, com o Brent e o WTI caindo por volta das 17h.

Azul

A Azul (AZUL4) foi um dos destaques do dia, subindo 7,48% no fechamento. A companhia aérea anunciou ontem à noite que conseguiu renegociar 92% de suas obrigações com arrendadores e fabricantes de equipamentos, num total de R$ 3 bilhões em obrigações renegociadas. Esses acordos fazem parte da estratégia da Azul para melhorar sua geração de caixa e otimizar sua estrutura de capital.

Cogna

Outro destaque de alta nesta terça foram as ações da Cogna (COGN3), que terminaram o dia em alta de 12,70%, após analistas do Bradesco BBI revisarem a recomendação de neutro para outperform para as ações da companhia.

Dólar hoje

O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,86%, sendo negociado a R$ 5,532. Na última sessão, a moeda havia subido 0,55%, cotada a R$ 5,485.

Como é calculado o índice Bovespa?

O Ibovespa é calculado em tempo real, com base na média ponderada de uma carteira teórica de ativos. Cada ativo tem um peso na composição do índice, que reflete o desempenho das ações mais negociadas. Se o índice está em 100 mil pontos, o valor da carteira teórica é de R$ 100 mil.

Que horas abre e fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, e o aftermarket, entre 17h25 e 17h45. As negociações com o Ibovespa futuro acontecem das 9h às 16h55.

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