Ibovespa: bolsa deve subir na abertura (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Reuters
Publicado em 10 de março de 2020 às 09h45.
Última atualização em 10 de março de 2020 às 09h49.
São Paulo — O contrato mais curto do Ibovespa avançava nos primeiros negócios desta terça-feira, sugerindo uma abertura positiva da bolsa paulista, em linha com a recuperação de mercados acionários no exterior, em meio a expectativas de ações coordenadas de governos e bancos centrais de todo o mundo para ajudar as economias em meio ao surto do novo coronavírus.
O presidente norte-americano Donald Trump disse na segunda-feira que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA contra impactos da disseminação do coronavírus, enquanto o governo do Japão planeja gastar mais de 4 bilhões de dólares em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.
Por volta de 09:05, o contrato do Ibovespa para abril subia 5,48%, a 90.795 pontos, após na véspera fechar em queda de 12,5%, conforme decisões da Arábia Saudita derrubaram os preços do petróleo e adicionaram preocupações a um mercado já fragilizado pelas apreensões relacionadas aos efeitos do surto do vírus na atividade econômica mundial.
O Ibovespa à vista fechou em queda de 12,17% na segunda-feira, no pior dia na bolsa em mais de duas décadas, marcado por circuit breaker e com as ações da Petrobras desabando 30%.
Nesta terça-feira, a possibilidade de estímulos econômicos e sinais da Rússia de que conversas com a Opep seguem possíveis apoiavam a reação dos preços do petróleo no exterior, com o Brent em alta de mais de 10%, depois de registrar a maior queda em quase 30 anos na segunda-feira.
"Após uma 'segunda-feira negra', os ativos de risco estão abrindo em forte alta essa manhã. A possibilidade de uma atuação dos 'policymakers' para lidar com a crise, aliado a preços e 'valuations' mais atrativos está sustentando o mercado", afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, mais cedo na sua conta no Twitter.
"Eu vinha com uma visão e um viés muito mais cauteloso e negativo nas últimas semanas. Neste momento, ainda vejo um cenário extremamente frágil e incerto. Ainda espero volatilidade, mas acredito que parte relevante desta incerteza tenha sido precificada nos ativos de risco.