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Ibovespa perde os 120 mil pontos acompanhando queda de quase 1% em NY

Mercado americano recua com notícia de novos impostos do governo Biden; siderúrgicas disparam na expectativa pelo balanço da Usiminas

Painel de cotações da B3  |  Foto:Germano Lüders/ Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto:Germano Lüders/ Exame (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 22 de abril de 2021 às 09h23.

Última atualização em 22 de abril de 2021 às 17h40.

O Ibovespa encerrou o pregão em queda nesta quinta-feira, 22, acompanhando a piora do cenário no exterior. Nos Estados Unidos, os principais índices do mercado acionário recuaram após a Bloomberg noticiar que o presidente americano Joe Biden pretende aumentar os impostos sobre ganhos de capital em até 43,4% para os cidadãos mais ricos.

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A notícia ofuscou a diminuição do número de pedidos semanais de seguro desemprego, que recuou para a mínima desde março do ano passado. Nesta semana, foram registrados 547.000 pedidos contra 586.000 (dado revisado) da semana anterior. O número também ficou abaixo das estimativas de 617.000 pedidos.

"O resultado continua sugerindo leitura positiva para o mercado de trabalho americano para o mês de abril e reforça a expectativa de crescimento bem expressivo para o mês e trimestre", avaliam analistas da Exame Invest Pro.

No Brasil, as atenções dos investidores estão voltadas para o presidente Jair Bolsonaro, que deve sancionar o Orçamento de 2021 nesta quinta. Na véspera, foi sancionada a lei que retira gastos com programas emergenciais da meta fiscal - que até então vinha sendo um impasse para aprovação do Orçamento. A expectativa de investidores é de que, virada essa página, o andamento de outras pautas seja retomado.

Além da bolsa, a busca por risco também dita os negócios no câmbio, com o dólar caindo mais 1% contra o real, seguindo a desvalorização da moeda americana frente a outras emergentes, como o rublo russo e a rúpia indiana. "Dólar operou em baixa muito por conta do reflexo da queda do rendimento dos treasuries americanos e também por uma melhora do câmbio dos países emergentes como um todo", afirma Raphael Chedid, especialista em renda variável da EWZ Capital.

Destaques 

As ações de siderúrgicas apresentam fortes altas. Na liderança do setor estão as ações da Usiminas (USIM5), que subiram 5,36% antes de a empresa abrir a temporada de balanços brasileiras nesta sexta-feira, 23. As ações da CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR3) são negociadas em respectivas altas de 6,4% e 4%.

"Nossas siderúrgicas são voltadas para o mercado internacional. Há a tendência de que elas se beneficiem da retomada econômica global", afirma Gustavo Bertotti, economista da Messem.

Por outro lado, ações de empresas com receitas atreladas ao dólar foram negociadas em queda, com a desvalorização da moeda americana. Entre elas estão os papéis da Suzano (SUZB3), que fecharam o dia em queda de 3,79%. 

A maior queda do dia, no entanto, ficou com a varejista Renner (LREN3), que recuou 5,99% ainda na esteira do anúncio de que fará uma das maiores ofertas de ações já feitas por varejistas brasileiras. O follow-on mostra que a empresa está em um bom momento, mas os investidores acabam pressionando as ações para adquirir os papéis da oferta por um preço mais atrativo.

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