Painel da B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)
Beatriz Quesada
Publicado em 7 de julho de 2021 às 17h26.
Última atualização em 7 de julho de 2021 às 17h58.
O Ibovespa subiu nesta quarta-feira, 7, se recuperando do tombo de 2% nos primeiros pregões da semana com impulso do exterior. O principal índice da B3 avançou 1,54%, aos 127.018 pontos, acelerando os ganhos após a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano).
Abra sua conta no BTG Pactual digital e invista com o maior banco de investimentos da América Latina
De acordo com o documento, autoridades do Fed avaliaram no mês passado que a recuperação dos Estados Unidos ainda não foi atingida completamente. Ainda assim, vários participantes da sessão sentiram que as condições para alterar a política monetária serão "atingidas mais cedo do que eles esperavam", enquanto outros viram um sinal menos claro de exigência de mudanças.
A autoridade monetária tem mantido as taxas de juro da economia próximas a zero desde o início da pandemia, o que favorece opções mais arriscadas de investimento, como a renda variável. Com a divulgação da ata, o entendimento do mercado foi de que a atual política de estímulos ainda deve ser mantida por algum tempo.
Com a notícia, o índice S&P 500 subiu para um novo recorde, o Ibovespa chegou aos 127.248 pontos na máxima intradiária e o dólar perdeu força no mundo. No Brasil, a moeda americana também desvalorizou após a reunião, mas o dólar voltou a subir repercutindo preocupações internas.
Os principais pontos de atenção são os desdobramentos da reforma tributária e as turbulências políticas de Brasília, envolvendo suspeitas de corrupção relacionadas ao governo federal.
Ao final da sessão, o dólar comercial subiu 0,6%, a 5,24 reais. Na máxima, a moeda americana chegou aos 5,281 reais, em alta superior a 1%. Foi a sétima alta consecutiva da divisa frente ao real.
As blue chips, principais ações da bolsa, passaram por um pregão de recuperação nesta quarta-feira. Os papéis Vale (VALE3), que possuem a maior participação no índice, tiveram leve alta de 0,29%. Já as ações da Petrobras (PETR3/PETR4), que estiveram entre as maiores quedas da véspera, subiram 0,53% e 1,37%, na contramão da queda do preço do petróleo.
Os grandes bancos também reforçam o movimento de alta, com Itaú (ITUB4) liderando os ganhos do setor ao subir 1,4%. Ainda no setor financeiro, as ações da B3 (B3SA3) subiram 2,2%.
No radar dos investidores, também estiveram os dados do IBGE sobre as vendas do varejo de maio. Embora tenham registrado o segundo mês seguido no positivo, com alta de 1,7%, o número ficou abaixo da alta esperada de 2,3%, de acordo com o consenso da Bloomberg.
Ainda assim, as ações do setor sobem neste pregão, com as de empresas que possuem maior participação digital abrindo alguma vantagem em relação às mais dependentes do varejo físico.
Referência do e-commerce brasileiro, os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) subiram 4,46%. Já as varejistas de moda Soma (SOMA3) e Lojas Renner (LREN3) valorizaram 3,27% e 2,59%, respectivamente.
Em variação, a maior alta do dia foi da Locamerica (LCAM3), que subiu 5,46% após o Bradesco BBI recomendar a compra do papel, com preço-alvo a 37 reais — a ação fechou o dia valendo 28,77 reais.
Na ponta negativa do índice, a PetroRio (PRIO3) caiu 1,98%, acompanhando o desempenho do petróleo.
Maiores altas |
Maiores quedas | |||||
Locamerica | LCAM3 |
5,46% | PetroRio | PRIO3 |
-1,98% | |
Localiza | RENT3 |
5,42% | CVC | CVCB3 |
-0,95% | |
RaiaDrogasil | RADL3 |
5,07% | Pão de Açúcar | PCAR3 |
-0,40% |
Esteja sempre informado sobre as notícias que movem o mercado. Assine a EXAME