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Ibovespa fecha praticamente estável em dia de agenda vazia

Na véspera, as declarações do ministro da Fazenda diminuíram as preocupações sobre um corte no rating do Brasil já na próxima semana

B3: o Ibovespa fechou com variação positiva de 0,07%, a 75.186 pontos (Germano Lüders/Exame)

B3: o Ibovespa fechou com variação positiva de 0,07%, a 75.186 pontos (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2017 às 18h41.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta sexta-feira, em dia de agenda tranquila e com investidores evitando grandes movimentos antes dos feriados de fim de ano.

O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,07 por cento, a 75.186 pontos. No entanto, ganhos recentes abriram espaço para o índice encerrar a penúltima semana do ano com ganho acumulado de 3,55 por cento.

O giro financeiro do pregão somou 5,85 bilhões de reais, pouco mais da metade da média diária para o mês até quarta-feira, de 10,75 bilhões de reais.

Na mínima da sessão, o Ibovespa caiu 0,68 por cento, mas ensaiou uma recuperação ao longo do dia e chegou a registrar leve alta de 0,13 por cento na máxima da sessão, com a proximidade do fim do ano e uma agenda mais esvaziada reduzindo a liquidez dos negócios e abrindo espaço para alguma volatilidade.

Localmente, a situação fiscal segue no centro das atenções, após a votação da reforma da Previdência ser adiada para o próximo ano, o que despertou receios de um rebaixamento na nota de crédito do país.

Na véspera, as declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diminuíram as preocupações sobre um corte no rating do Brasil já na próxima semana, embora investidores ainda adotem alguma cautela.

No exterior, o noticiário se voltou para a Espanha, após separatistas da Catalunha ganharem uma pequena maioria no parlamento catalão, aprofundando a crise política do país em uma nítida repreensão ao primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e a líderes da União Europeia que o apoiaram.

Destaques

- EMBRAER ON recuou 1,44 por cento, ao final de uma sessão volátil que foi de queda de mais de 5 por cento na mínima a alta de mais de 7 por cento na máxima, com os papéis ainda reagindo às negociações com a Boeing para uma combinação de seus negócios. Os papéis responderam pelo maior giro financeiro do pregão, movimentando 512,5 milhões de reais.

Na véspera, a ação disparou 22,5 por cento após a informação sobre a conversa entre as empresas. Nesta sexta-feira, o presidente Michel Temer afirmou que não há a menor cogitação de transferir o controle da Embraer para outra empresa e disse que não chegou a seu gabinete uma decisão sobre conversas entre Boeing e fabricante de aviões brasileira. Devido à golden share do governo, analistas veem a possibilidade de compra de uma fatia da fabricante brasileira de aviões como mais provável do que a aquisição completa dos negócios.

- ELETROBRAS ON subiu 4,33 por cento e ELETROBRAS PNB avançou 6,4 por cento, liderando a ponta positiva do índice, ainda tendo no radar a expectativa em torno do processo de privatização, à espera de que o projeto de lei para viabilizar a privatização da elétrica seja enviado em breve ao Congresso Nacional.

- VALE ON fechou em alta de 1,07 por cento, em uma sessão positiva para os contratos futuros do minério de ferro na China e marcada ainda pela migração da empresa para o segmento Novo Mercado, o de nível de governança corporativa mais alto na B3. Os papéis tiveram o segundo maior giro financeiro do pregão.

- SABESP ON recuou 1,25 por cento, após subir nos três pregões anteriores, período em que acumulou alta de 3,4 por cento. No radar estava ainda o anúncio que a empresa fará emissão de até 750 milhões de reais em debêntures, com recursos que serão usados para refinanciamento de dívidas com vencimento em 2018 e recomposição de caixa.

- PETROBRAS PN teve perda de 0,69 por cento e PETROBRAS ON caiu 0,36 por cento, na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional, que mudaram de rumo ao longo do dia e fecharam no azul.

- ROSSI RESIDENCIAL ON, que não faz parte do Ibovespa, subiu 10,86 por cento, após a construtora concluir reestruturação de 1,66 bilhão de reais em dívidas.

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