Mercados

Ibovespa fecha na máxima após julgamento de Lula ser marcado

O TRF-4 informou ter marcado para 24 de janeiro o julgamento de recurso de Lula na ação em que o ex-presidente foi condenado pelo juiz Moro

B3: a notícia animou os negócios, com o alívio de pelo menos parte das preocupações com o cenário eleitoral de 2018 (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: a notícia animou os negócios, com o alívio de pelo menos parte das preocupações com o cenário eleitoral de 2018 (Patricia Monteiro/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2017 às 19h11.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou na máxima nesta terça-feira, ganhando impulso na reta final após a definição de data para o julgamento de recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ibovespa subiu 1,39 por cento, a 73.813 pontos, após passar a sessão alternando alta e baixa e ter chegado a cair 1,38 por cento na mínima. O giro financeiro somou 7,99 bilhões de reais.

Perto do fim do pregão, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) informou ter marcado para 24 de janeiro de 2018 o julgamento de recurso de Lula na ação em que o petista foi condenado pelo juiz Sérgio Moro no caso do tríplex do Guarujá.

Segundo o gestor da mesa de operações de Bovespa da corretora Coinvalores, Marco Tulli Siqueira, a notícia animou os negócios, com o alívio de pelo menos parte das preocupações com o cenário eleitoral de 2018.

"O mercado está sensível e qualquer coisa relacionada reflete", disse o gestor.

A notícia tirou o foco dos investidores das articulações do governo para levar a reforma da Previdência a votação na Câmara dos Deputados na próxima semana.

Nesta sessão, o presidente Michel Temer disse que o governo vai trabalhar até terça-feira da próxima semana para garantir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados. Se não for possível, a apreciação da matéria ficará para 2018.

As declarações de Temer vieram após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dizer mais cedo esperar que a reforma da Previdência seja votada ainda neste ano ou "no máximo" no início de 2018.

Destaques

- MRV ON subiu 5,43 por cento, após a empresa anunciar retorno ao segmento de renda média. Segundo o Bradesco BBI, a vantagem da MRV no setor virá dos ganhos de escala.

- KROTON ON avançou 4,3 cento, após cair por três sessões, após declarações de executivos na véspera sobre os planos da empresa de abrir de 30 unidades próprias de graduação e 150 por meio de parcerias em 2018. A Guide Investimentos afirmou que a Kroton se destaca "principalmente pelo seu forte poder de execução e agilidade do management, que tem conseguido reestruturar a empresa diante as mudanças econômicas e regulatórias do setor".

- PETROBRAS PN ganhou 0,72 cento e PETROBRAS ON teve alta de 1,38 cento, aderindo ao bom humor que predominou no fechamento do mercado, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no mercado internacional.

- BRADESCO PN avançou 1,97 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 0,8 por cento. SANTANDER UNIT teve alta de 1,78 por cento e BANCO DO BRASIL ON ganhou 2,22 por cento. OS investidores repercutiram notícias do acordo com poupadores para encerrar disputas judiciais. O acordo prevê descontos de 8 a 19 por cento no valor a ser restituído e parcelamentos semestrais para os pagamentos acima de 5 mil reais, e o prazo máximo é de 3 anos.

Acompanhe tudo sobre:B3IbovespaLuiz Inácio Lula da Silva

Mais de Mercados

Ternium x CSN: Em disputa no STF, CVM reforça que não houve troca de controle na Usiminas

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida