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Ibovespa fecha estável com pressão de Vale

O cenário de combinação de inflação baixa e manutenção de queda de juros no país tem favorecido o ambiente favorável para a bolsa

Bolsa: a espera pela decisão da reunião do Federal Reserve na quarta, também patrocinou cautela (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Bolsa: a espera pela decisão da reunião do Federal Reserve na quarta, também patrocinou cautela (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 17h52.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta terça-feira, pressionado pelas ações da Vale, mas com o cenário favorável para o mercado acionário diante de juros cadentes, o que limitou o movimento de ajuste em uma sessão com agenda econômica e noticiário político mais esvaziados.

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,02 por cento, a 75.974 pontos, após cair 0,91 por cento na mínima e marcar alta de 0,11 por cento na máxima. O giro financeiro do pregão somou 8,3 bilhões de reais.

Após alternar leves altas e baixas no início do pregão, o índice permaneceu em território negativo durante a maior parte do dia, voltando a ensaiar recuperação rumo perto do fechamento.

O cenário de combinação de inflação baixa e manutenção de queda de juros no país tem favorecido o ambiente favorável para a bolsa, também com respaldo da visão de que o governo do presidente Michel Temer ganhou fôlego para avançar as reformas.

"A bolsa vem muito firme... é natural ter alguma realização. Mas esse movimento não consegue ganhar força porque tem muito investidor querendo entrar para não perder o bonde", disse o analista de investimentos da corretora Magliano, Pedro Galdi, acrescentando que apesar de ver espaço para alguns ajustes, o cenário principal para a bolsa segue positivo.

No front político, investidores esperam para quarta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a mais recente denúncia contra Temer, o que alimentou alguma cautela.

A espera pela decisão da reunião do Federal Reserve, banco central dos EUA, na quarta, também patrocinou cautela. A expectativa predominante é de manutenção dos juros, mas com a chance de o Fed anunciar planos para diminuição de seu balanço.

Destaques

- VALE ON caiu 0,96 por cento, em linha com os contratos futuros do minério de ferro na China.

- GERDAU PN cedeu 2,94 por cento, USIMINAS PNA perdeu 1,08 por cento e CSN ON recuou 2,85 por cento, entre as principais baixas do Ibovespa, também na esteira dos futuros do minério de ferro e do aço na China.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 0,36 por cento. BRADESCO PN, também de grande relevância no índice, anulou as perdas e fechou em alta de 0,3 por cento.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA subiu 3,7 por cento, liderando os ganhos do índice. A empresa anunciou aumento nos os preços da tonelada de celulose em 30 dólares a partir de 1º de outubro, para América do Norte, Europa e China. O tom positivo também ganhou respaldo dos dados positivos sobre preços de celulose no mercado internacional.

- PETROBRAS PN avançou 0,66 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 0,32 por cento, após troca de sinal algumas vezes durante a sessão, e na contramão dos preços do petróleo no mercado internacional. [O/R]

 

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