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Ibovespa fecha estável com feriado nos EUA e cautela política

Junto com a prisão do ex-ministro Geddel, os investidores estão atentos ao andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer

B3: "O mercado está realmente no aguardo de novidades", disse analista (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: "O mercado está realmente no aguardo de novidades", disse analista (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 4 de julho de 2017 às 18h10.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou praticamente estável nesta terça-feira, em sessão de volume reduzido devido ao feriado nos Estados Unidos e com investidores mantendo a cautela diante das persistentes incertezas no cenário político local.

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,08 por cento, aos 63.231 pontos, ao final de uma sessão que oscilou de alta de 0,1 por cento na máxima e queda de 0,32 por cento na mínima.

O volume financeiro somou 2,5 bilhões de reais, muito abaixo da média diária registrada no mês passado, de 7,01 bilhões de reais. O giro também foi o segundo menor do ano, ficando atrás somente do registrado no dia 2 de janeiro.

"O mercado está realmente no aguardo de novidades", disse o analista de investimentos da corretora Rico Roberto Indech.

A prisão na véspera do ex-ministro Geddel Vieira Lima, dentro da operação Cui Bono, da Polícia Federal, que investiga irregularidades na Caixa Econômica Federal, ficou no foco dos investidores. O ex-ministro é acusado de tentar interferir nas investigações.

Também no centro das atenções estava a expectativa pelo andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer, acusado de corrupção passiva, na Câmara dos Deputados.

A expectativa é que o relator do processo seja indicado ainda nesta terça-feira e que a defesa de Temer seja entregue à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa na quarta-feira, em uma tentativa de acelerar os trabalhos na Comissão.

O mercado analisa os desdobramentos da crise política e seus potenciais impactos no avanço das reformas no Congresso Nacional.

No caso da reforma trabalhista, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse na véspera que ela deverá ser votada na Casa na próxima semana e que um requerimento de urgência para a matéria deverá ser analisado pelos senadores nesta sessão.

Destaques

- VALE PNA caiu 0,15 por cento e VALE ON recuou 0,1 por cento, na esteira da queda dos contratos futuros de minério de ferro na China.

- CSN ON perdeu 1,1 por cento, enquanto USIMINAS PNA e GERDAU PN recuaram 0,64 e 0,38 por cento, respectivamente, também após a queda dos contratos futuros de minério de ferro e aço na China.

- PETROBRAS PN subiu 0,57 por cento e PETROBRAS ON teve ganho de 0,3 por cento, em sessão de leves variações para os preços do petróleo no mercado internacional. O mercado tinha no radar ainda a decisão da petroleira de aumentar o preço médio do diesel nas refinarias em 2,7 por cento e o da gasolina em 1,8 por cento.

- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES ON subiu 1,84 por cento, no melhor desempenho do índice, enquanto KROTON ON avançou 0,4 por cento. Como pano de fundo estava a informação, em reportagem do jornal Valor Econômico, de que o governo federal está perto de concluir estudos sobre o novo Financiamento Estudantil (Fies), que pode incluir alternativas para ampliar o crédito e baratear o financiamento privado.

- RENOVA ENERGIA UNIT, que não faz parte do Ibovespa, fechou em alta de 5,96 por cento, depois de subir 10,6 por cento na máxima da sessão. No radar estava a notícia publicada pela Reuters de que a canadense Brookfield Asset Management apresentou na véspera uma oferta formal pelo controle da Renova, que incluiria 800 milhões de reais em capital novo para a empresa de energias renováveis.

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