Mercados

Ibovespa fecha em queda após Fed adicionar volatilidade

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,08%, a 85.673,52 pontos

Ibovespa: Fed confirmou as expectativas no mercado e e elevou os juros para entre 2,25% e 2,50% (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: Fed confirmou as expectativas no mercado e e elevou os juros para entre 2,25% e 2,50% (Germano Lüders/Exame)

R

Reuters

Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 18h19.

Última atualização em 19 de dezembro de 2018 às 19h39.

São Paulo - A bolsa paulista ampliou perdas no ajuste de fechamento e encerrou esta quarta-feira, 19, com o Ibovespa em queda de 1 por cento, na mínima da sessão, após o desfecho da reunião do Federal Reserve adicionar volatilidade na última hora do pregão.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,08 por cento, a 85.673,52 pontos. O volume financeiro da sessão somou 16,445 bilhões de reais.

O Fed confirmou expectativas no mercado e elevou o juro para a faixa de 2,25 a 2,5 por cento. O órgão Também reduziu o número de altas esperadas para 2019 e estimou desaceleração da economia norte-americana, embora ainda a considere saudável.

Antes de o conteúdo do comunicado do Fed ser conhecido, o Ibovespa chegou a subir 1,7 por cento, acima de 88 mil pontos.

"Claramente, esperava-se mais", avaliou o gestor Igor Lima, sócio na Galt Capital, acrescentando que, dada a recente pressão de várias fontes, havia alguma esperança no mercado de que o Fed adotasse um tom ainda mais moderado em relação aos juros.

"Mas ele fez apenas um pequeno ajuste nas expectativas, sem sinalizar mudança de direção. Ao mesmo tempo, Powell sugeriu querer manter o ritmo de venda de títulos, o que também pesou."

Nos Estados Unidos, o S&P 500 e o Dow Jones recuavam em torno de 1,6 por cento perto do final do pregão.

No noticiário local, o foco foi decisão de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello de suspender, em caráter liminar, prisões de condenados em segunda instância, medida que pode beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba.

Destaques

- VALE recuou 2,78 por cento, conforme os pregões em Nova York ampliaram perdas. O papel reverteu o tom positivo de mais cedo, quando subiu 1,87 por cento, na máxima da sessão.

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 1,34 por cento, também contaminado pela piora generalizada na bolsa, assim como BRADESCO PN, que fechou em baixa de 1,43 por cento.

- PETROBRAS PN fechou em alta de 1,14 por cento, mas longe das máximas, tendo como suporte a alta do petróleo e anúncio sobre distribuição de juros sobre capital próprio. PETROBRAS ON caiu 1,63 por cento.

- ELETROBRAS ON cedeu 4,11 por cento, tendo de pano de fundo reportagem do jornal Valor Econômico sobre os planos do novo governo para a usina Angra 3, com manutenção de participação estatal relevante no empreendimento.

- MULTIPLAN subiu 1,91 por cento e brMalls avançou 0,47 por cento, tendo no radar relatório do BTG Pactual reiterando visão positiva para o setor de shopping centers no país. IGUATEMI subiu 1,13 por cento.

- TELEFÔNICA BRASIL recuou 3,98 por cento, devolvendo ganhos recentes, após fechar na véspera na maior cotação desde fevereiro deste ano, a 48,50 reais.

- EMBRAER perdeu 3,03 por cento, também afetada pela deterioração do humor na bolsa, após subir quase 3,5 por cento no acumulado dos dois pregões anteriores.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney