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Ibovespa fecha em queda com bancos e renova mínima do ano

O Ibovespa caiu 0,97 por cento, a 71.421 pontos, menor patamar desde 14 de novembro de 2017; volume financeiro da sessão somou 11,15 bilhões de reais

Ibovespa: mercado brasileiro segue enfraquecido pela maior percepção de risco com o quadro macroeconômico e cenário político-eleitoral (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: mercado brasileiro segue enfraquecido pela maior percepção de risco com o quadro macroeconômico e cenário político-eleitoral (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 14 de junho de 2018 às 17h10.

Última atualização em 14 de junho de 2018 às 17h42.

São Paulo - O Ibovespa, principal índice de ações da B3, fechou em queda nesta quinta-feira, renovando a mínima do ano, com bancos respondendo pela maior pressão de baixa, conforme o mercado brasileiro segue enfraquecido pela maior percepção de risco com o quadro macroeconômico e cenário político-eleitoral no país.

O Ibovespa caiu 0,97 por cento, a 71.421 pontos, menor patamar desde 14 de novembro de 2017. O volume financeiro da sessão somou 11,15 bilhões de reais.

Os negócios começaram sem tendência clara. O índice foi perdendo fôlego até tocar a mínima do dia, contagiado pela piora no mercado de câmbio, com o dólar superando 2,80 reais após a terceira intervenção do Banco Central, com leilão de swaps.

"O BC pareceu demonstrar preocupação com um nível específico de cotação e isso é muito ruim", disse o sócio da gestora Galt Capital, Igor Lima. "O mercado de juros futuros também estressou nessa hora e, por fim, a bolsa também sentiu o aumento de risco e passou a cair mais fortemente."

A autoridade fez três leilões de swaps, somando desde a sexta-feira passada até agora 18 bilhões de dólares. O último leilão do dia aconteceu no meio da tarde, quando o dólar disparava ao redor do mundo. O dólar avançou 2,64 por cento, a 3,8119 reais na venda.

De acordo com Lima, os bancos costumam ser os papéis que mais rapidamente capturam o risco macroeconômico, mas a bolsa de forma geral anda bastante fraca.

"Não tem nenhum motivo para o investidor se animar com essa classe de ativo no curto prazo. O crescimento tem decepcionado, o risco político só aumenta e o ambiente externo é cada vez menos benigno, como demonstrou a mudança de tom do Federal Reserve na véspera", destacou.

No exterior, Wall Street fechou sem direção única dos principais índices, enquanto o índice MSCI de ações de mercados emergentes caiu 1,24 por cento.

Destaques

- BRADESCO PN caiu 4,06 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 3,55 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL perdeu 4,53 por cento. SANTANDER BRASIL UNIT teve baixa de 3,61 por cento.

- PETROBRAS PN fechou em baixa de 0,46 por cento, mesmo após aprovação pela Câmara dos Deputados de requerimento que confere regime de urgência ao projeto que autoriza a petrolífera de controle estatal a vender até 70 por cento dos campos da chamada cessão onerosa.

- BRF subiu 3,32 por cento, diante de expectativa de que Pedro Parente assumirá a presidência-executiva da companhia de alimentos, que tem sofrido com uma série de eventos negativos que levaram as ações a acumular queda de mais de 45 por cento apenas neste ano.

- MAGAZINE LUIZA ganhou 6,22 por cento e B2W subiu 4,9 por cento, em dia positivo para o ecommerce, em meio a expectativas positivas sobre vendas relacionadas à Copa do Mundo.

- WEG recuou 2,31 por cento, após relatório do Morgan Stanley reiterando 'underweight', com preço-alvo de 14 reais - embora acima dos 9,20 reais anteriores, segue abaixo do preço corrente.

- VALE subiu 0,31 por cento, revertendo perdas do começo da sessão, em dia de alta do preço do minério de ferro na China.

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