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Ibovespa fecha em queda, mas Vale e Petrobras limitam perda

O Ibovespa caiu 0,39 por cento, a 86.050 pontos

Ibovespa: volume financeiro somou 9,77 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: volume financeiro somou 9,77 bilhões de reais (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 14 de março de 2018 às 17h12.

Última atualização em 14 de março de 2018 às 17h40.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta quarta-feira, tendo como pano de fundo perdas em Wall Street, com o avanço das ações de Vale e preferenciais da Petrobras ajudando a limitar as perdas.

O Ibovespa caiu 0,39 por cento, a 86.050 pontos. O volume financeiro somou 9,77 bilhões de reais.

Em Wall Street, os principais índices acionários foram pressionados negativamente pelo setor industrial, diante de preocupações sobre o impacto de novas tarifas no comércio global. O S&P 500 cedeu 0,57 por cento.

"Diante de agenda esvaziada no cenário doméstico, o desempenho do hoje foi atrelado ao exterior, assim como nos últimos dias", disse o analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos.

Ele cita que o mercado está na expectativa das reuniões na semana que vem do banco central norte-americano e da autoridade monetária brasileira, particularmente os comunicados que acompanharão as respectivas decisões de juros.

Mais cedo, dados fortes de atividade da economia chinesa sustentaram ganhos no pregão brasileiro. Na máxima, o Ibovespa chegou a 86.969 pontos, alta de 0,68 por cento.

A sessão ainda foi marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre o Ibovespa.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 2,23 por cento, pesando no Ibovespa, dada a relevante participação que detém no índice. No noticiário, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, por maioria, o acordo entre o banco e a XP Investimentos mediante condições que buscam garantir a concorrência no setor financeiro.

- VALE ON avançou 1,12 por cento, em meio a alta nos preços do minério de ferro na China, após dados econômicos fortes daquele país apontarem para condições de demanda firme na segunda maior economia do mundo.

- PETROBRAS PN subiu 1,22 por cento, mas PETROBRAS ON encerrou com variação negativa de 0,25 por cento, em sessão de sobe e desce dos preços do petróleo no exterior. A petroleira divulga resultado trimestral na quinta-feira, antes da abertura do mercado.

- AMBEV ON fechou em alta de 1,29 por cento, também dando algum suporte ao Ibovespa. O Morgan Stanley elevou o preço-alvo da ação da fabricante de bebidas de 19 para 20 reais.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE ON ganhou 5,49 por cento e FIBRIA ON valorizou-se 3,64 por cento, conforme os papéis seguiram influenciados por expectativas relacionadas a uma possível combinação de negócios das duas gigantes do setor de celulose. Fontes do BNDES afirmaram que o banco deve decidir até o fim da próxima semana se apoia a proposta da Suzano para fusão com a Fibria ou a oferta de aquisição da Fibria pela Paper Excellence, do grupo asiático APP.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON caíram 7,36 e 6,86 por cento, respectivamente, um dia após a Câmara dos Deputados instalar comissão e iniciar discussão sobre privatização da companhia, com dúvidas sobre a capacidade de atuação da base aliada a favor da proposta abrindo espaço para realização de lucros. As preferenciais da elétrica ainda acumulam em 2018 alta de 12,64 por cento, enquanto as ordinárias sobem quase 18 por cento.

- NATURA ON perdeu 2,04 por cento, antes da divulgação do balanço nesta quarta-feira, após o fechamento do pregão.

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