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Ibovespa fecha em queda em dia de Petrobras em destaque

Em sessão marcada pela reação negativa ao rebaixamento da classificação de risco da Petrobras pela Moody's, a Bovespa teve leve queda


	Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 17h45.

São Paulo - A Bovespa devolveu quase toda a queda no fim do pregão desta quarta-feira, em sessão marcada pela reação negativa de investidores ao rebaixamento da classificação de risco da Petrobras para "junk" pela Moody's, que fez as ações da estatal caírem quase 9 por cento no pior momento da sessão.

O Ibovespa fechou em queda de apenas 0,12 por cento, a 51.811 pontos, após recuar 1,59 por cento e quase perder o patamar de 51 mil pontos na mínima.

O volume da sessão somou 8,8 bilhões de reais, acima da média do mês pela primeira vez na semana.

O principal índice da bolsa paulista abandonou as mínimas puxado principalmente por ganhos do setor de educação, com Estácio Participações à frente, em meio à cobertura de posições por agentes que tinham alugado os papéis para vendê-los (short squeeze), diante da melhora do noticiário do setor.

Mas o destaque do dia foi Petrobras e a redução da queda nos papéis da estatal também ajudou no alívio, após a Moody's cortar o rating da dívida em moeda estrangeira da companhia em dois degraus, de "Baa3" para "Ba2".

No fechamento, as preferenciais caíram 4,87 por cento e as ordinárias recuaram 4,52 por cento.

"O rebaixamento aumenta as chances de uma emissão de ações até o final do ano dadas as implicações negativas não só para a empresa, mas a seus fornecedores e às perspectivas macroeconômicas do Brasil", escreveu a analista Lilyanna Yang, do UBS.

"Um choque de credibilidade ainda é altamente necessário", acrescentou.

Duas fontes do governo disseram à Reuters, contudo, que o governo federal descarta realizar uma capitalização da Petrobras neste momento.

Ao mesmo tempo, outras duas fontes disseram à Reuters que a estatal contratou o banco JPMorgan para coordenar a venda de 3 bilhões de dólares em ativos.

Outra ação que pesou na ponta negativa do Ibovespa foi Banco do Brasil. O Goldman Sachs citou que cortes de investimentos da Petrobras podem afetar a qualidade dos empréstimos dos bancos brasileiros, enquanto o Credit Suisse destacou aumento na inadimplência dos bancos públicos em dados de crédito referentes a janeiro divulgados pela manhã pelo Banco Central.

A temporada de balanços favoreceu a ação da Multiplan, enquanto Telefônica Brasil perdeu fôlego e terminou o dia em leve queda mesmo após divulgar lucro acima do esperado no quarto trimestre de 2014.

Lojas Renner subiu 1,29 por cento, após o Credit Suisse elevar a recomendação para "outperform", com preço-alvo de 100 reais, avaliando que a varejista segue bem preparada para enfrentar o ambiente macroeconômico mais desafiador.

Investidores seguiram atentos aos protestos de caminhoneiros no país, contra baixos preços de frete e custos elevados com combustíveis, que bloqueavam mais de 90 pontos de rodovias federais em diversos Estados, prejudicando o transporte de combustíveis, alimentos e matérias-primas no Brasil.

Em email a clientes pela manhã, o Banco Espirito Santo Investimentos avaliou a BRF como a mais afetada por ter fábricas em todas as regiões com rodovias bloqueadas.

A ação da fabricante de alimentos, que divulga resultado trimestral na quinta-feira, caiu 0,43 por cento.

*Atualizada às 17h45 do dia 25/02/2015

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