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Ibovespa fecha em queda e contabiliza 5ª semana de perdas

O índice chegou a cair 2,57% no período da tarde, abaixo dos 70 mil pontos, mas reduziu o ritmo e terminou o dia aos 70.757,73 pontos

Ibovespa: indicador terminou a semana com baixa acumulada de 2,99% (Paulo Whitaker/Reuters)

Ibovespa: indicador terminou a semana com baixa acumulada de 2,99% (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de junho de 2018 às 17h06.

Última atualização em 15 de junho de 2018 às 18h55.

São Paulo - O pregão da Bovespa foi todo de baixa nesta sexta-feira, 15, refletindo a deterioração no cenário internacional e o desalento do mercado com o ambiente doméstico indefinido.

O Índice Bovespa chegou a cair 2,57% no período da tarde, abaixo dos 70 mil pontos, mas reduziu o ritmo e terminou o dia aos 70.757,73 pontos, com perda de 0,93%. Com esse resultado, o indicador terminou a semana com baixa acumulada de 2,99%.

A intensificação da tensão comercial entre Estados Unidos e China, por conta da divulgação oficial da lista de sobretaxação de produtos chineses, foi o principal motivo da aversão ao risco de ativos de renda variável. Em resposta, o Ministério de Finanças chinês prometeu impor barreiras à mesma alíquota e sobre o mesmo valor em bens importados dos EUA. Nesse ambiente, houve quedas das commodities e das bolsas de Nova York, com reflexos diretos sobre os papéis das empresas brasileiras.

O petróleo fechou com fortes perdas, pressionado pela confirmação das tarifas, que serão de 25% sobre cerca de US$ 50 bilhões em produtos importados da China. A desvalorização pesou sobre as ações da Petrobras, que cederam 1,00% (ON) e 0,86% (PN). As quedas do minério de ferro no mercado chinês conduziram as ações da Vale a uma perda ainda maior, de 4,99%.

"Graficamente, a tendência de queda do Ibovespa tende a se estender mais um pouco, talvez buscando o patamar dos 67 mil pontos. O ambiente é de grande incerteza, principalmente no cenário interno, mas esse patamar se mostra bastante interessante para investidores interessados em prazos maiores, de um ou dois anos", disse Fabrício Stigliano, analista de investimentos da corretora Walpires.

A queda do dólar e dos juros foi um fator importante para o mercado de ações hoje. No câmbio, a baixa de 2,04% da moeda americana ante o real foi determinada pela injeção de US$ 5,750 bilhões em 115 mil contratos de swap cambial extraordinários, além da notícia de que o Banco Central continuará com os leilões na próxima semana.

Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, o maior destaque de alta foi Braskem PNA, que disparou 21,40%, com notícia de que a Odebrecht negocia a venda de sua participação na empresa petroquímica para a holandesa LyondellBasell.

Na última quarta-feira, 13, os investidores estrangeiros retiraram R$ 431,304 milhões da B3. Em junho, o saldo líquido entre ingressos e saídas da Bolsa está negativo em R$ 3,665 bilhões, levando o acumulado de 2018 para uma retirada de R$ 8,108 bilhões.

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