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Ibovespa fecha em queda de 1,34%, pressionado por Petrobras

Investidores seguem receosos com o risco nos EUA de que salários maiores pressionem a inflação, levando o Fed a elevar os juros com mais força

B3: estrategista avalia que o mercado deve ter um aumento de volatilidade no curto prazo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: estrategista avalia que o mercado deve ter um aumento de volatilidade no curto prazo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 18h44.

São Paulo - O principal índice da B3 fechou em queda nesta quarta-feira, após passar boa parte da sessão sem direção única, com as ações da Petrobras entre as maiores pressões negativas na esteira do recuo dos preços do petróleo.

O Ibovespa caiu 1,34 por cento, a 82.766 pontos,perto da mínima de 82.548 pontos. Na máxima, subiu 0,6 por cento. O giro financeiro do pregão somou 11,9 bilhões de reais.

Investidores seguem receosos com o risco nos Estados Unidos de que salários maiores pressionem a inflação, levando o Federal Reserve a elevar os juros com mais força do que o esperado.

O estrategista de investimentos do UBS Wealt Management, Ronaldo Patah, avalia que o mercado deve ter um aumento de volatilidade no curto prazo até que novos dados da economia norte-americana sejam divulgados, principalmente sobre inflação.

Ele, contudo, não acredita em mudança na tendência positiva das bolsas. "A princípio, nós estamos vendo (as quedas) como uma correção, uma oportunidade de compra", afirmou.

Até a véspera, o Ibovespa acumulava em 2018 alta de quase 10 por cento.

Em Wall Street, os índices acionários tinham desempenhos distintos. O S&P 500 subia 0,5 por cento no final da tarde, enquanto o Nasdaq recua 0,13 por cento. O Dow Jones ganhava 0,9 por cento.

Destaques

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíram 2,75 e 2,87 por cento, respectivamente, após fortes ganhos da véspera, conforme os preços do petróleo ampliaram queda após dados de estoque e da produção da commodity nos Estados Unidos.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 2,37 por cento, também corrigindo parte do avanço da véspera, em dia de fraqueza dos bancos. Na contramão, BANCO DO BRASIL subiu 0,10 por cento.

- CSN e GERDAU PN caíram 3,51 e 3,5 por cento, respectivamente. No ano, os papéis ainda acumulado ganhos ao redor de 20 e 14 por cento, respectivamente.

- LOJAS RENNER caiu 3,33 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa. A empresa divulga resultado na quinta-feira, após o fechamento do mercado. Analistas do Brasil Plural esperam forte crescimento das vendas mesmas lojas e margem bruta constante, mas avaliam que os projetos atuais e as despesas não recorrentes podem pesar sobre a margem Ebitda.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON subiram 2,73 e 0,81 por cento, respectivamente, com expectativas de que o governo coloque foco maior na privatização da elétrica em meio a dificuldades na aprovação da Reforma da Previdência.

- FIBRIA avançou 2,74 por cento, recuperando-se de fortes perdas nos dois últimos pregões, tendo como pano de fundo a valorização do dólar ante o real.

- SANEPAR UNIT fechou estável, após divulgar na véspera que a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), porém, subiu 48 por cento, para 383,8 milhões de reais no período.

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