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Ibovespa fecha em queda de 1,22% com Previdência adiada para 2018

O líder do governo no Senado informou o adiamento da votação, acertado entre os presidentes da Câmara e do Senado, com a anuência do governo

B3: a informação de que a votação ficou para 2018 jogou um balde de água fria no mercado (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: a informação de que a votação ficou para 2018 jogou um balde de água fria no mercado (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 18h49.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista caiu nesta quarta-feira, pressionado mais perto do fim do dia pela notícia de que a votação da reforma da Previdência ficou para o próximo ano.

A sessão teve também o vencimento de opções sobre Ibovespa e de índice futuro, que ampliou a volatilidade dos negócios.

O Ibovespa fechou em queda de 1,22 por cento, a 72.914 pontos. O giro financeiro somou 12,4 bilhões de reais.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), informou o adiamento da votação, acertado entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), com a anuência do governo.

Jucá disse ainda que o adiamento aconteceu devido à provável falta de quórum no Congresso na próxima semana e que a reforma será votada em fevereiro ou em janeiro, se houver um entendimento para uma convocação.

"Não é uma tarefa simples que dê pra fazer em duas semanas. Agora resta esperar que alguma coisa boa aconteça e que o ano que vem seja menos tumultuado do que o esperado", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.

A informação de que a votação ficou para 2018 jogou um balde de água fria no mercado num dia mais favorável, após a definição de data para julgamento de recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que ganhou mais de fôlego no fim da manhã, após o PSDB fechar questão a favor da reforma da Previdência.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN caiu 2,22 por cento e BRADESCO PN perdeu 1,7 por cento. SANTANDER UNIT recuou 1,53 por cento e BANCO DO BRASIL ON cedeu 2,4 por cento.

- PETROBRAS PN cedeu 2 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 1,54 por cento, em dia de perdas para os preços do petróleo no mercado internacional.

- ELETROBRAS ON perdeu 2,47 por cento e ELETROBRAS PNB cedeu 2,68 por cento, com o adiamento da votação da reforma da Previdência aumentando receios de que o processo de privatização da elétrica seja adiado.

- COSAN ON subiu 5,19 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa. Na véspera, a Cosan informou que a Cosan Limited concluiu a compra de fatia da Shell na Comgás. A Cosan também fez acordo com dois fundos sobre possíveis direitos creditórios, com o valor da operação de cerca de 1,34 bilhão de reais.

- BR MALLS recuou 0,55 por cento, após subir mais de 1 por cento na máxima, em dia de reunião da empresa com analistas e investidores em que manifestou expectativa de recuperação gradual da economia com sensível melhora na inadimplência em 2018, além de chance de retomada do crescimento das receitas a partir do próximo ano.

- SANEPAR UNIT fechou estável, zerando ganhos vistos mais cedo, após a empresa precificar sua oferta secundária de ações em 55,20 reais por unit. Segundo a Guide Investimentos, a oferta é positiva porque o Estado reduz a participação na empresa, "que tende a melhorar o nível de governança corporativa da Sanepar".

- OI ON despencou 22,9 por cento e OI PN perdeu 12,47 por cento, após a empresa apresentar nova versão de plano de recuperação judicial, permitindo a tomada de controle da empresa por credores. Uma fonte disse à Reuters que o governo federal vai votar a favor do plano.

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