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Ibovespa fecha em queda e zera alta na semana com incerteza externa

O principal índice acionário do mercado brasileiro encerrou o pregão desta sexta-feira (07) com 113.770,29​ pontos

BOLSA: índice Ibovespa foi impulsionado por dados positivos de criação de emprego em novembro | Germano Lüders /  (Germano Lüders/Exame)

BOLSA: índice Ibovespa foi impulsionado por dados positivos de criação de emprego em novembro | Germano Lüders / (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 18h15.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2020 às 19h44.

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, zerando a alta da semana, conforme o surto de coronavírus na China seguiu ditando volatilidade e realização de lucros.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,23%, a 113.770,29 pontos. O volume financeiro da sessão somou 24,6 bilhões de reais.

O índice terminou a semana estável.

Resultados corporativos bem avaliados, como o do Bradesco na quarta-feira ou os de Klabin e Lojas Renner, na quinta, foram insuficientes para dar suporte ao desempenho semanal.

Itaú Unibanco, Suzano, Banco do Brasil e Usiminas estão entre os que divulgam seus desempenhos trimestrais na próxima semana, quando a pauta corporativa também contempla precificação das ofertas de ações da Cogna.

Notícias sobre problemas no fornecimento de produtos chineses voltaram a pesar no humor dos agentes financeiros, em meio a novos casos e mortes relacionados ao coronavírus.

A S&P Global Ratings reduziu a previsão de crescimento para a China em 2020 de 5,7% para 5%, afirmando que o surto de coronavírus pode ter um preço alto no curto prazo.

"O tema principal a ser monitorado continua sendo o coronavírus e seus impactos", afirmou a equipe da Ágora Investimentos, em relatório.

Nos Estados Unidos, o tradicional relatório de emprego mostrou acelerado crescimento de empregos em janeiro, mas incluiu uma revisão para baixo em alguns números anteriores, gerando certo desconforto.

Em Wall Street, o S&P 500 cedeu 0,54%.

Agentes financeiros ainda atribuíram a queda nestes últimos dois pregões a ajustes de investidores que não esperavam que o Banco Central seria tão incisivo quanto ao fim do ciclo de corte de juros em sua última decisão, nesta semana.

Destaques

- VALE ON recuou 2,21%, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China, acompanhando o declínio de papéis do setor de mineração e siderurgia também na Europa. Entre as siderúrgicas brasileiras, USIMINAS PNA e GERDAU PN caíram 4,18% e 4,66%, respectivamente.

- IRB Brasil ON fechou em queda de 7,32%, pior desempenho do Ibovespa. No começo da semana, uma gestora questionou os resultados da resseguradora, levando a um tombo dos papéis, que acumularam na semana recuo de 11,8%.

- PETROBRAS ON subiu 0,51%, ainda refletindo ajustes à oferta de ações pelo BNDES precificada na quarta-feira, enquanto PETROBRAS PN caiu 0,86%, mais afetada pelo declínio dos preços do petróleo no mercado externo.

- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 1,29%, antes da divulgação do resultado trimestral na próxima segunda-feira, após o fechamento do mercado. BRADESCO PN, que já divulgou balanço e agradou, avançou 1,14%.

- BB SEGURIDADE ON valorizou-se 1,61%, no último pregão antes do balanço do quarto trimestre, aguardado para antes da abertura do pregão na segunda-feira.

- LOJAS RENNER ON avançou 0,63%, após crescimento de 17% no lucro líquido do quarto trimestre, quando a receita líquida teve alta de 10,7% e as vendas mesmas loja aumentaram em 6,2%.

- MRV ON perdeu 5,07%, no segundo pregão no vermelho, após acumular nos primeiros três pregões da semana alta de 3,5%. O índice do setor imobiliário recuou 1,8%.

Por Paula Arend Laier

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