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Ibovespa fecha abaixo dos 83 mil pontos com cena política incerta

O Ibovespa fechou em queda de 1,75 por cento, a 82.861 pontos, com cautela após primeira pesquisa de intenção de votos desde a prisão de Lula

Ibovespa: giro financeiro somou 12,83 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: giro financeiro somou 12,83 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 16 de abril de 2018 às 17h12.

Última atualização em 16 de abril de 2018 às 17h35.

São Paulo - O principal índice acionário da bolsa paulista fechou em queda nesta segunda-feira, com cautela diante de incertezas em relação à política local após a primeira pesquisa de intenção de votos desde a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ibovespa fechou em queda de 1,75 por cento, a 82.861 pontos. O giro financeiro somou 12,83 bilhões de reais, incluindo o exercício de opções sobre ações que movimentou 3,667 bilhões de reais.

No fim de semana, a pesquisa Datafolha mostrou um cenário ainda bastante indefinido, com Lula à frente, enquanto em uma disputa sem sua candidatura, a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) aparecem como os dois candidatos à frente, em empate técnico.

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB) tem 10 por cento no cenário sem Lula, enquanto o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) teria 9 por cento e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) chega a até 8 por cento.

"O investidor está começando a perceber que as eleições serão bem mais imprevisíveis do que o mercado esperava", disse um analista de uma corretora nacional.

Ainda no front local, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta manhã, apresentou expansão de apenas 0,09 por cento em fevereiro na comparação com o mês anterior, em dado dessazonalizado. O número veio abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de crescimento de 0,15 por cento.

No exterior, os investidores seguem atentos aos eventuais desdobramentos do ataque dos Estados Unidos e aliados à Síria, embora as preocupações de uma represália da Rússia tenham diminuído ao longo do fim de semana, amenizando as preocupações.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 2,74 por cento e PETROBRAS ON teve baixa de 3,54 por cento, em sessão também negativa para os preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE ON recuou 0,98 por cento, em dia de perdas para os contratos futuros do minério de ferro na China. No radar estavam ainda os dados operacionais do primeiro trimestre, que mostraram alta de 9 por cento nas vendas de minério de ferro da empresa em relação ao mesmo período do ano passado, apesar de queda na produção. Analistas da corretora Coinvalores destacaram a melhora dos dados operacionais, principalmente devido ao maior volume de vendas de minério de alta qualidade.

- USIMINAS PNA perdeu 4,66 por cento, CSN ON caiu 2,74 por cento e GERDAU PN recuou 0,3 por cento, na esteira das perdas dos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China.

- BRF ON teve desvalorização de 3 por cento, tendo no radar a expectativa pela troca no comando do conselho de administração. Fontes disseram à Reuters que o primeiro escalão de executivos da empresa deve ser mantido após a eleição do novo conselho, dado o entendimento de grandes acionistas de que as mudanças mais necessárias na empresa são de estratégia.

- EMBRAER ON caiu 1,6 por cento, após a fabricante de aviões reportar que encerrou o primeiro trimestre com a entrega de 14 jatos comerciais e 11 executivos. Para a equipe do JPMorgan, embora os números tenham vindo pouco abaixo do esperado, o impacto nas ações é limitado uma vez que a espera pelo avanço nas negociações com a Boeing tem sido o principal motivo que move os papéis da empresa.

- ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 1,47 por cento BRADESCO PN teve baixa de 2,18 por cento, ajudando a tirar fôlego do índice pelo peso em sua composição.

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