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Ibovespa fecha em maior pontuação em mais de duas semanas

Bolsas internacionais sobem com mercado menos preocupado com coronavírus

Bolsa: Ibovespa sobe 1,13% e fecha em 116.674,13 pontos (d3sign/Getty Images)

Bolsa: Ibovespa sobe 1,13% e fecha em 116.674,13 pontos (d3sign/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 12 de fevereiro de 2020 às 18h32.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2020 às 19h27.

São Paulo - Com a preocupação sobre o coronavírus cada vez mais distante do mercado financeiro, as bolsas do mundo todo engatam movimento de alta nesta semana - e por aqui não é diferente. Na B3, o Ibovespa subiu 1,13% no pregão desta quarta-feira (12) e fechou em 116.674,13 pontos - a maior pontuação desde o último dia 24.

“Melhorou o ambiente com relação ao coronavírus. Aparentemente, vai ser mais uma gripe, como o H1N1, com efeito muito pequeno na economia. Vai pegar no primeiro trimestre da China, mas, com certeza não vai pegar o resto do mundo”, afirmou Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais. 

A melhor percepção sobre os efeitos do coronavírus também impulsionaram as bolsas do exterior. Nos Estados Unidos, o S&P 500 bateu seu terceiro recorde consecutivo e os mercados asiáticos subiram por mais um dia. Na China, o principal índice de ações, o Shangai Composite, chegou a sua sétima alta consecutiva nesta quarta e já se aproxima do nível em que estava antes do surto da doença.

Com os negócios chineses voltando aos trilhos, as companhias com maior dependência do país asiático se valorizaram na B3. “As ações de empresas com maior exposição à China, como as exportadoras, tendem a se beneficiar com o cenário negativo do coronavírus sendo revertido”, disse Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos.

Entre os papéis com maior peso no Ibovespa, Vale e Petrobras foram os que mais contribuíram com para a alta do Ibovespa. Na sessão, as ações ordinárias da Petrobras subiram 1,69% e as preferenciais, 2,2%, tendo como pano de fundo a cotação do petróleo que teve apreciação de mais de 3%. 

Já ações da Vale se valorizaram 1,96% com o minério de ferro fechando mais uma vez em alta. As siderúrgicas CSN e Gerdau subiram 2,04% e 0,9% respectivamente. Ontem (11), quando o preço da commodity saltou mais de 4%, ambas as empresas subiram mais de 4% na bolsa. 

Outro setor com relação bastante estreita com a China, o de papel e celulose, também apresentou forte valorização, com as ações da Klabin avançando 4,52% e as da Suzano, 3,92%. Segundo Esteter, a proximidade com a divulgação do balanço da Suzano, marcado para esta noite, pode ter contribuído. 

Pela manhã, o dado sobre as vendas do varejo referente ao mês de dezembro apresentou queda de 0,1%, ficando abaixo das expectativas do mercado que esperava por um crescimento de 0,2%. 

“Isso mostra que a economia está sem muita tração e isso pode mexer um pouco com as projeções do PIB para o quarto trimestre [de 2019]”, disse Bandeira. 

A contração das vendas em dezembro, contudo, não exerceu forte pressão sobre as varejistas da Bolsa. Nesta quarta, os papéis da Magazine Luiza e da Via Varejo tiveram respectivas altas de 3,08% e 2,53%. Por outro lado, as ações das lojas Marisa caíram 1,51% e as da Guararapes (da marca Riachuelo), 0,21%. “No geral, a gente tem visto as varejistas subindo mais em dias positivos na Bolsa. Hoje, uma ou outra subiu, mas não puxou o mercado”, comentou Esteter. 

Entre os grandes bancos, somente o Banco do Brasil se valorizou na Bolsa. Em véspera de balanço, as ações do banco se apreciaram 0,58%. Itaú , Bradesco e Santander recuaram 0,40%, 1,34% e 0,16%, respectivamente.

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