Bolsa: Ibovespa ainda é influenciado por consequências da tragédia em Brumadinho sobre a Vale (NurPhoto/Getty Images)
Reuters
Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 18h11.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2019 às 18h44.
A bolsa paulista não sustentou a recuperação e o Ibovespa fechou em leve queda nesta quinta-feira, contaminada pelo viés negativo de Wall Street e da queda do petróleo, além do declínio de Vale, ainda afetada por incertezas sobre os desdobramento da tragédia em barragem da empresa que já matou 150 pessoas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,24 por cento, a 94.405,59 pontos, segundo dados preliminares, tendo subido 1 por cento na máxima, a 95.641,51 pontos, e recuado a 93.507,18 pontos na mínima.
O volume financeiro somava 17,28 bilhões de reais.
Os principais índices acionários nos EUA recuavam mais de 1 por cento por temores de que Estados Unidos e China não conseguirão fechar um acordo comercial menos de um mês após uma trégua, elevando preocupações com uma desaceleração global.
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que não encontrará o presidente chinês antes do prazo para um acordo em 1º de março. Questionado por um repórter se haveria uma reunião antes do prazo final, ele disse "não". Questionado se haveria uma reunião no próximo mês, disse: "ainda não. Talvez."
- VALE caiu 2,05 por cento ainda afetada por temores sobre os desdobramentos da tragédia com o rompimento de uma barragem da empresa em Minas Gerais. O Morgan Stanley cortou a recomendação para 'equal-weight'. O Credit Suisse cortou o preço-alvo do ADR e comentou que as próximas semanas podem seguir trazendo mais notícias negativas, o que pode aumentar a volatilidade das ações e reduzindo o apetite pelos papéis.
- PETROBRAS PN fechou em baixa de 1,57 por cento, conforme os preços do petróelo no exterior acentuaram quedas e após comentários do presidente da empresa, que pretende reavaliar a atual política de pagamento antecipado de dividendos trimestrais, em entrevista ao Valor Econômico.
- BRF recuou 4,01 por cento, após anunciar a venda de operações na Europa e Tailândia para a norte-americana Tyson Foods por 340 milhões de dólares e informar que vai levar mais seis meses para cumprir meta de redução de dívida definida em meados do ano passado. "Nós estávamos esperando 480 milhões de dólares", afirmou o Itaú BBA, acrescentando que o adiamento do guidance sobre a dívida eleva a percepção de risco quanto ao processo de desalavancagem da companhia.
- BRADESCO PN subiu 1,52 por cento. ITAÚ UNIBANCO PN avançou 0,36 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT encerrou com alta de 0,19 por cento. BANCO DO BRASIL ganhou 0,66 por cento.
- CIELO teve ganho de 3,38 por cento, também corrigindo movimento negativo nos últimos três pregões, quando contabilizou uma perda de quase 14 por cento.
- VIA VAREJO avançou 3,02 por cento, em sessão de recuperação, após desabar 11,7 por cento nos dois pregões anteriores. No ano, os papéis acumulam alta de 24 por cento.
- B3 recuou 3,73 por cento, entre os maiores pesos negativos, no segundo pregão de queda, após atingir cotação recorde de fechamento na terça-feira, a 32,98 reais.