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Ibovespa fecha em leve baixa com pressão da Petrobras

Os papéis da Localiza lideraram a ponta positiva com alta de 4,44% após divulgação do balanço trimestral com um salto de 31,9% no lucro

B3: as ações da Petrobras estavam em queda, com investidores atentos à divulgação de aumento de impostos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: as ações da Petrobras estavam em queda, com investidores atentos à divulgação de aumento de impostos (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 21 de julho de 2017 às 18h14.

Última atualização em 21 de julho de 2017 às 18h17.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em leve queda nesta sexta-feira, pressionado pelo recuo das ações da Petrobras, enquanto os papéis da Localiza lideraram a ponta positiva após divulgação do balanço trimestral.

O Ibovespa fechou em queda de 0,39 por cento, a 64.684 pontos, acumulando perda de 1,15 por cento na semana.

O giro financeiro manteve a tendência de baixa vista ao longo do mês e somou 5,3 bilhões de reais, ante média diária para o ano, até a véspera, de 8,07 bilhões de reais. O volume médio diário no mês até a véspera era de 6,4 bilhões de reais.

A semana foi caracterizada por variações mais contidas do Ibovespa, após a alta acumulada de 5 por cento na semana passada, em meio ao noticiário político mais tranquilo e antes da temporada de balanços ganhar força, o que deve acontecer na próxima semana.

"A semana passada foi boa para a bolsa, que voltou aos 65 mil pontos. Mas, nesse momento de recesso parlamentar, o mercado ficou um pouco sem referência para sustentar aquela alta que vinha acontecendo", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.

Em meio à agenda esvaziada desta sessão, o mercado ainda digeriu o anúncio feito na véspera de medidas para cumprir a meta fiscal. O governo elevou as alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis, com a previsão de uma injeção de 10,4 bilhões de reais nos cofres públicos, além de anunciar um contingenciamento adicional de 5,9 bilhões de reais no Orçamento.

Segundo analistas da corretora Guide Investimentos, as medidas do governo, que reforçam o compromisso com as metas fiscais, ajudam a diminuir a percepção de risco-país.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 3,13 por cento, pior desempenho do Ibovespa, e PETROBRAS ON teve baixa de 2,49 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional e tendo ainda no radar a divulgação do aumento da tributação sobre combustíveis, que será maior para a gasolina do que para o etanol, o que também ajudou a tirar força da petroleira.

- BRASKEM PNA recuou 2,58 por cento, também na ponta negativa do Ibovespa, após subir nos nove pregões anteriores, período em que acumulou alta de quase 19 por cento.

- VALE PNA teve queda de 0,96 por cento e VALE ON cedeu 0,77 por cento, em sessão de baixa para os contratos futuros do minério de ferro na China.

- LOCALIZA ON subiu 4,44 por cento, liderando os ganhos no Ibovespa, a 51,50 reais, renovando máxima histórica de fechamento, após divulgar seu resultado trimestral. A empresa reportou um salto de 31,9 por cento no lucro líquido no segundo trimestre ante igual período do ano passado, para 129,3 milhões de reais. Analistas do Itaú BBA destacaram que os números foram fortes e abrem espaço para revisão para cima das projeções para a empresa.

- CYRELA ON avançou 2,53 por cento, engatando o terceiro pregão no azul e acumulando alta de 7,43 por cento no período. Apenas na véspera os ganhos foram superiores a 3,5 por cento, na esteira dos dados operacionais da incorporadora referentes ao segundo trimestre, com alta de 7 por cento nos lançamentos ante um ano antes.

- HELBOR ON, que não faz parte do Ibovespa, ganhou 2,65 por cento após a incorporadora divulgar sua prévia operacional referente ao segundo trimestre.

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