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Ibovespa fecha em baixa pressionado por Vale, com EUA no radar

O Ibovespa caiu 0,58 por cento, a 84.984 pontos

Ibovespa: o volume financeiro somou 11,09 bilhões de reais (Juan Mabromata/Getty Images)

Ibovespa: o volume financeiro somou 11,09 bilhões de reais (Juan Mabromata/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 8 de março de 2018 às 18h09.

Última atualização em 8 de março de 2018 às 18h38.

São Paulo - O principal índice do mercado acionário brasileiro fechou em queda nesta quinta-feira, com o recuo das ações da mineradora Vale entre as maiores pressões de baixa, em sessão marcada por noticiário corporativo intenso e expectativa acerca de medidas protecionistas do governo norte-americano.

O Ibovespa caiu 0,58 por cento, a 84.984 pontos. O volume financeiro somou 11,09 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump seguiu com os planos e anunciou que o país vai taxar em 25 por cento as importações de aço e em 10 por cento as de alumínio, mas afirmou que sua administração está aberta a modificar e remover tarifas para nações específicas.

Em Wall Street, o índice acionário S&P 500 fechou em alta de 0,45 por cento.

De acordo com o gestor Marcello Paixão, sócio da administradora de recursos Constância NP, a bolsa brasileira também foi influenciada nesta sessão por notícias corporativas, como o resultado de B2W, além das reportagens sobre proximidade da fusão entre Fibria e Suzano

Do ponto de vista técnico, o analista da Terra Investimentos Régis Chinchila, cita que o Ibovespa tem como suportes importantes os 84.500 e 83.900 pontos. "Para retomar a tendência de alta precisa voltar a operar acima de 86 mil pontos", disse.

Destaques

- VALE ON caiu 3,24 por cento, em meio a uma nova queda nos preços do minério de ferro e do aço na China, pressionados pela fraca demanda no principal consumidor mundial de ambas as commodities e pela sinalização de que Pequim pode retaliar os Estados Unidos no caso das tarifas de importação.

- CSN ON perdeu 5,08 por cento, com siderúrgicas em geral no vermelho, em meio ao movimento do preço do aço e medidas de Trump. GERDAU PN caiu 4,18 por cento, muito embora potencialmente se beneficie da medida, uma vez que gera grande parte de sua receita com operações nos EUA.

- EMBRAER ON recuou 3,17 por cento, entre os destaques negativos, com a repercussão do resultado do quarto trimestre, que mostrou o lucro líquido caindo cerca de 82 por cento na comparação anual, para 117,2 milhões de reais.

- MAGAZINE LUIZA perdeu 1,99 por cento e VIA VAREJO UNIT cedeu 1,15 por cento. A Reuters noticiou na noite de quarta-feira, citando fontes, que a Amazon.com se reuniu com fabricantes de eletrônicos, perfumaria e outros produtos na última semana para anunciar que passará a comprar diretamente as mercadorias e se encarregará da armazenagem e entrega delas no Brasil.

- PETROBRAS PN subiu 0,14 por cento e PETROBRAS ON avançou 0,13 por cento, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no exterior, ajudando a limitar as perdas do Ibovespa.

- FIBRIA ON subiu 6,53 por cento, tendo no radar anúncio de aumento de preço e notícias que a empresa e a rival Suzano se aproximam de fusão. SUZANO valorizou-se 3,64 por cento.

- LOCALIZA ON subiu 5,33 por cento, após reportar lucro líquido de 133 milhões de reais no quarto trimestre, superando em 27,4 por cento o resultado líquido apurado no mesmo intervalo de 2016. Analistas do JPMorgan escreveram em nota a clientes que a empresa de locação de veículos e gestão de frotas divulgou números excelentes.

- LOJAS AMERICANAS PN avançou 1,63 por cento, figurando na ponta positiva do Ibovespa e tendo no radar os números do quarto trimestre, o anúncio de que vai integrar a logística com sua controlada B2W e a reestruturação da gestão. B2W, que não está no Ibovespa, desabou 9,53 por cento, também após balanço trimestral, troca no comando e a notícia sobre a Amazon no Brasil.

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