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Ibovespa fecha em alta liderada por salto em Petrobras

O Ibovespa subiu 1,58 por cento, a 84.265 pontos. O volume financeiro somou 13,99 bilhões de reais, acima da média diária de 2018, de 11 bilhões

Ibovespa: sessão foi novamente marcada por uma bateria de resultados corporativos. (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: sessão foi novamente marcada por uma bateria de resultados corporativos. (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 9 de maio de 2018 às 17h14.

Última atualização em 9 de maio de 2018 às 17h47.

 O principal índice de ações da B3 fechou em alta nesta quarta-feira, com o avanço do petróleo impulsionando as ações da Petrobras, enquanto a valorização do dólar ajudou empresas exportadoras, em sessão novamente marcada por uma bateria de resultados corporativos.

O Ibovespa subiu 1,58 por cento, a 84.265 pontos. O volume financeiro somou 13,99 bilhões de reais, acima da média diária de 2018, de 11 bilhões de reis.

"As ações da Petrobras dispararam com alta do petróleo e ainda com resultado do primeiro trimestre de 2018 apresentados na véspera", destacou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, destacando ainda o giro financeiro dos papéis.

Os preços do petróleo subiram por volta de 3 por cento, para nova máxima em 3 anos e meio, após decisão dos Estados Unidos de sair do acordo nuclear com o Irã e redução acima do esperado nos estoques da commodity no país.

Chinchila também avaliou que a valorização do dólar alcançando os 3,60 reais colocou as empresas exportadoras ligadas a diversas commodities entre os destaques de alta.

Wall Street também teve uma sessão positiva, com o petróleo também ajudando ações do setor de energia, o que endossou o viés positivo.

Destaques

- PETROBRAS ON saltou 10,02 por cento, para 27,22 reais, máxima desde abril de 2011, enquanto PETROBRAS PN disparou 8,16 por cento, para 24,78 reais, maior cotação de fechamento desde junho de 2010, diante da forte alta dos preços do petróleo no exterior e ainda sob efeito da avaliação positiva do resultado trimestral. A companhia também anunciou início das negociações com a empresa Acron, com exclusividade por 90 dias, referente ao processo de desinvestimento no setor de fertilizantes.

- MARFRIG avançou 6,66 por cento, tendo no radar notícia da agência Bloomberg, citando fontes, de que Tyson Foods, Cargill e Fosun International demonstraram interesse em potencial aquisição da Keystone Foods. Procurada pela Reuters, a Marfrig disse que não comentaria a notícia. A empresa também se beneficia do movimento no câmbio, com cerca de 50 por cento da receita líquida vindo das operações internacionais.

- GERDAU PN subiu 6,31 por cento, após anunciar lucro ajustado de 451 milhões de reais no primeiro trimestre, ante prejuízo de 34 milhões na mesma etapa de 2017. "Um começo de ano surpreendente", escreveram analistas do Credit Suisse. A Gerdau ainda se beneficia da alta do dólar, com parte relevante da receita proveniente de operações nos EUA.

- SUZANO valorizou-se 7,18 por cento, beneficiada pela apreciação do dólar, assim como outras exportadoras, como EMBRAER ON, que avançou 3,54 por cento, e VALE, que fechou com elevação de 2,15 por cento.

- GOL PN encerrou em baixa de 9,85 por cento, após subirem no começo da sessão por causa do balanço, conforme foram pressionadas pela alta dos preços do petróleo no exterior e pelo fortalecimento do dólar, variáveis com efeito relevante nos custos de aéreas. AZUL PN, fora do Ibovespa, recuou 6,32 por cento.

- TIM caiu 6,18 por cento, em meio ao ruído gerado pela informação de que pagará royalties pelo uso de sua própria marca para a controladora Telecom Italia. Analistas viram o movimento como exagerado. Operadores também citaram realização de lucros. No começo da sessão, a cotação intradia da ação da TIM bateu recorde em meio à repercussão positiva do resultado do primeiro trimestre.

- AMBEV caiu 2,36 por cento, em meio à divulgação do balanço do primeiro trimestre, com lucro líquido de 2,598 bilhões de reais. O BTG Pactual disse que numa primeira leitura, o resultado foi fraco, apontando como destaque negativo os volumes de cerveja no Brasil.

 

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