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Ibovespa fecha em alta em sessão movimentada por balanços

O tom de cautela diante de tensões internacionais ainda permaneceu, após o presidente dos EUA fazer mais um alerta à Coreia do Norte

B3: na semana, o índice acumulou ganho de 0,69% (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: na semana, o índice acumulou ganho de 0,69% (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 20h03.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta sexta-feira, em sessão marcada por intenso noticiário corporativo que teve as ações da Kroton e da BRF entre os maiores ganhos, após divulgação de resultados.

O Ibovespa fechou em alta de 0,55 por cento, a 67.358 pontos. Na semana, o índice acumulou ganho de 0,69 por cento. O giro financeiro somou 7,7 bilhões de reais.

Os dados de preços ao consumidor nos Estados Unidos, quesubiram menos que o esperado em julho, ajudaram o tom positivo dos negócios, uma vez que reforçaram a visão de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve seguir um ritmo gradual de elevação de juros.

No entanto, o tom de cautela diante de tensões geopolíticas internacionais ainda permaneceu, após o presidente dos EUA, Donald Trump, fazer mais um alerta à Coreia do Norte, afirmando que as armas norte-americanas estão prontas e carregadas, enquanto Pyongyang o acusou de levar a península coreana à beira de uma guerra nuclear.

Destaques

- KROTON ON subiu 5,33 por cento, após aempresa de educação divulgar lucro líquido ajustado de 645 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 14,8 por cento sobre o mesmo período do ano passado.

- BRF ON teve alta de 5,26 por cento, após a empresa divulgar prejuízo líquido de 167,3 milhões de reais no período no segundo trimestre e anunciar que vai criar uma terceira marca de produtos, com foco no segmento de baixa renda. Segundo analistas do BTG Pactual, apesar de dados fracos no período, houve alguns sinais de reversão de tendência, como melhora sequencial de margens em mercados internacionais relevantes e ganhos de participação de mercado no Brasil.

- COPEL PNB avançou 4,95 por cento, após a empresa divulgar lucro líquido de 151 milhões de reais no segundo trimestre. A empresa também anunciou que decidiu não prosseguir com uma oferta subsequente de ações, avaliando que há "melhores alternativas de geração de caixa". O lucro superou a estimativa de analistas do UBS, que viram ainda a decisão de não seguir com o plano de capitalização como positiva.

- JBS ON avançou 5,7 por cento. Para analistas, o movimento refletiu em parte a expectativa por bons resultados da Seara, que poderiam impulsionar o dado trimestral da JBS, previstos para segunda-feira.

- CYRELA ON ganhou 2,41 por cento, tendo o resultado do segundo trimestre como pano de fundo. A empresa reportou prejuízo líquido de 141 milhões de reais, revertendo lucro de 44,7 milhões de reais. O Credit Suisse destacam que os dados da empresa foram negativos, mas dentro do esperado e não veem riscos adicionais para a receita frente.

- PETROBRAS PN caiu 1,82 por cento e PETROBRAS ON recuou 0,81 por cento, com investidores digerindo os dados do segundo trimestre. A empresa teve lucro líquido 316 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 14,6 por cento ante igual período de 2016 e de 93 por cento ante o trimestre anterior, com efeitos negativos de 6,234 bilhões de reais da adesão aos programas tributários conhecidos como PRT e Pert.- VALE PNA caiu 1,4 por cento e VALE ON teve queda de 2,2 por cento, em sessão de baixa dos futuros do minério de ferro na China, com o contrato mais líquido na Bolsa de Dalian, para entrega em janeiro, cedendo 4,7 por cento.

- CARREFOUR BRASIL ON, que não faz parte do Ibovespa, subiu 4,83 por cento, após a empresa reportar seu primeiro resultado trimestral desde a oferta inicial de ações, em julho. O lucro líquido do segundo trimestre somou 299 milhões de reais, queda de 3,4 por ante o igual período do ano passado.

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