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Ibovespa fecha em alta e renova máxima histórica

Ações da Eletrobras foram destaque positivo no pregão, com as ordinárias chegando a subir mais de 10 por cento na máxima do dia

B3: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,38 por cento, a 81.529 pontos (Germano Lüders/Exame)

B3: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,38 por cento, a 81.529 pontos (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 18h12.

Última atualização em 22 de janeiro de 2018 às 18h50.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em alta nesta segunda-feira, renovando máxima recorde, com a ajuda do viés benigno em Wall Street, mas a sessão foi relativamente morna, com investidores na expectativa do julgamento do ex-presidente Lula.

As ações da Eletrobras foram destaque positivo no pregão, com as ordinárias chegando a subir 11 por cento na máxima do dia, diante do envio do projeto de lei de privatização da companhia ao Congresso Nacional.

O Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,56 por cento, a 81.675 pontos, após um dia de pequenas variações, na máxima do dia e em novo recorde histórico. O volume financeiro do pregão somou 7,7 bilhões de reais, um pouco abaixo da média diária do ano, de cerca de 9 bilhões de reais.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região julga na quarta-feira recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado à prisão em primeira instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Se condenado novamente, pode ficar inelegível. Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a presidência da República nas eleições de outubro.

A equipe de economia do Goldman Sachs destaca em nota a clientes que a decisão é relevante para o mercado, porque, em última análise, levará à recalibração das probabilidades de Lula ser elegível para se candidatar à eleição deste ano.

Também em nota a clientes, a consultoria Rosenberg Associados afirmou que anima os mercados a perspectiva de que o ex-presidente possa se tornar inelegível - e, com isso, ampliar as chances de vitória de um candidato do centro.

O pregão brasileiro ainda foi ajudado por ganhos em Wall St, após senadores norte-americanos chegarem a acordo para reabrir o governo federal após três dias de paralisação devido a um impasse sobre imigração e segurança nas fronteiras.

O índice S&P 500 valorizava-se em 0,5 por cento no final da segunda-feira.

DESTAQUES

- ELETROBRAS ON subiu 7,26 por cento e ELETROBRAS PNB avançou 4,25 por cento, após envio ao Congresso Nacional de projeto de privatização que prevê, entrou outras questões, a capitalização da empresa por meio de uma oferta de novas ações. Na máxima, as ordinárias dispararam 11,26 por cento.

- BRASKEM PNA avançou 2,6 por cento, após a Petrobras divulgar na sexta-feira que conversas com a Odebrecht para revisar o acordo de acionistas da petroquímica evoluíram para uma reorganização societária com unificação das espécies de ações da empresa.

- PETROBRAS PN subiu 1,15 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 1,04 por cento, beneficiadas pela melhora à tarde dos preços do petróleo no exterior. Ainda, a Fitch manteve o rating da Petrobras em "BB", com perspectiva negativa, refletindo o forte incentivo do governo brasileiro para apoiar a empresa devido a sua importância estratégica para o país.

- BRADESCO PN ganhou 1,37 por cento, tendo como pano de fundo melhora da recomendação de seus papéis pelo JPMorgan para 'overweight' e elevação do preço-alvo para 42 reais.

- VALE ON caiu 0,54 por cento, tendo como pano de fundo o recuo dos preços do minério de ferro à vista na China. Também no radar estão os elevados estoques de minério de ferro nos portos chineses.

- LOCALIZA ON perdeu 1,96 por cento, maior queda do índice, após alcançar máxima histórica na semana passada, a 24,59 reais.

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