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Ibovespa fecha em alta de 1,18% com avanço em reforma trabalhista

O mercado passou a maior parte da sessão com variações mais contidas, pressionado pelo receio em relação ao andamento das medidas no Congresso

B3: "Esse bom humor (com a alta em Wall Street) aumenta o apetite por risco e como o fluxo do nosso mercado é guiado por capital estrangeiro, a situação de melhora lá fora acaba sendo bem conduzida por aqui também" (Facebook/B3/Reprodução)

B3: "Esse bom humor (com a alta em Wall Street) aumenta o apetite por risco e como o fluxo do nosso mercado é guiado por capital estrangeiro, a situação de melhora lá fora acaba sendo bem conduzida por aqui também" (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 25 de abril de 2017 às 18h42.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta terça-feira, amparado no otimismo vindo do exterior e conforme as tensões com a cena política local diminuíram ao longo do dia, diante do avanço da reforma trabalhista na comissão especial na Câmara dos Deputados.

O Ibovespa subiu 1,18 por cento, a 65.148 pontos. Foi o terceiro pregão consecutivo de ganhos. O giro financeiro somou 7,53 bilhões de reais.

O mercado passou a maior parte da sessão com variações mais contidas, pressionado pelo receio em relação ao andamento das medidas no Congresso Nacional após o PSB fechar na véspera questão contra as reformas trabalhista e da Previdência, enquanto o cenário externo trazia algum alívio.

Rumo ao fechamento dos negócios, no entanto, os investidores também passaram a se mostrar mais aliviados com o cenário político local, conforme a proposta de reforma trabalhista avançava na comissão especial na Câmara.

A comissão aprovou o parecer do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) e a proposta seguiu para o plenário da Casa.

Wall Street subiu nesta sessão diante dos fortes resultados corporativos, com o Nasdaq fechando pela primeira vez na história acima de 6 mil pontos.

"Esse bom humor (com a alta em Wall Street) aumenta o apetite por risco e como o fluxo do nosso mercado é guiado por capital estrangeiro, a situação de melhora lá fora acaba sendo bem conduzida por aqui também", disse o analista da Clear Corretora Raphael Figueredo.

Destaques

- ELETROBRAS ON subiu 6,38 por cento, segundo melhor desempenho do Ibovespa, com investidores avaliando de forma positiva a possibilidade de solução negociada para o impasse envolvendo indenizações bilionárias devidas pela União a empresas de transmissão de energia elétrica.

- VALE PNA teve alta de 3,8 por cento e VALE ON ganhou 3,28 por cento, apesar da leve baixa nos contratos futuros do minério de ferro na China, que tiveram a perda limitada pelo ganho nos contratos do aço.

- CSN ON subiu 3,25 por cento e GERDAU PN teve alta de 1,86 por cento, na esteira dos ganhos da Vale e do aumento dos preços do aço na China. USIMINAS PNA teve valorização mais contida, de 0,5 por cento, em sessão volátil para os papéis da empresa. No radar estavam reduções de projeções do setor para 2017 e a rejeição pela Justiça de Minas Gerais de recurso da Nippon Steel para anular a reunião do conselho de administração da Usiminas que elegeu o presidente da empresa no fim de março.

- KROTON ON subiu 2,65 por cento, após a empresa divulgar alta de 10 por cento na captação de alunos de graduação presencial no primeiro trimestre. Para os analistas do Bradesco BBI, os dados divulgados pela empresa indicam um ponto de virada para o crescimento do setor.

- ECORODOVIAS ON teve alta de 0,97 por cento, após a empresa perder a disputa em leilão pela Rodovia dos Calçados, com investidores vendo o movimento da empresa como demonstração de disciplina financeira.

- PETROBRAS PN subiu 2,21 por cento e PETROBRAS ON ganhou 2,02 por cento, em sessão na qual os preços do petróleo no mercado internacional subiram, após seis dias de perdas.

- BRF ON caiu 1,75 por cento, entre as maiores quedas do Ibovespa. Segundo operadores, a queda refletiu incertezas sobre a operação de venda de participação na unidade de alimentos halal One Foods.

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