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Ibovespa fecha em alta de 1% por cenário externo

O índice encerrou o segundo trimestre em queda de 3,21%, no primeiro recuo depois de cinco trimestres de ganhos

B3: o ajuste de carteiras para o fechamento do mês e do semestre também influenciou o movimento desta sessão (Arthur Nobre/Divulgação)

B3: o ajuste de carteiras para o fechamento do mês e do semestre também influenciou o movimento desta sessão (Arthur Nobre/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 30 de junho de 2017 às 18h31.

São Paulo - O índice de referência do mercado acionário brasileiro fechou em alta nesta sexta-feira, acumulando leve ganho no mês, diante de um cenário externo mais tranquilo e com ganhos em commodities, mas com investidores ainda cautelosos com o cenário político conturbado.

O Ibovespa fechou em alta de 1,06 por cento, a 62.899 pontos. Na semana, o índice teve ganho acumulado de 2,97 por cento, fechando o mês com leve alta de 0,3 por cento.

O índice encerrou o segundo trimestre em queda de 3,21 por cento, no primeiro recuo depois de cinco trimestres de ganhos, mas ainda conseguiu acumular alta de 4,44 por cento no primeiro semestre do ano.

O volume financeiro do pregão somou 6,15 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até a véspera, de 7,05 bilhões de reais.

Segundo operadores, o ajuste de carteiras para o fechamento do mês e do semestre também influenciou o movimento desta sessão, mas não indica tendência para os próximos meses, que seguirão no modo cautela diante da expectativa pelo desenrolar da crise política e seu impacto sobre o andamento das reformas no Congresso Nacional.

Neste sentido, a reforma trabalhista deu mais um passo esta semana e o governo espera sua votação no plenário do Senado na próxima semana. Já a votação da reforma da Previdência parece menos provável neste momento.

"Se passar, vai ser alguma coisa menor, muito desidratada", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.

O desempenho desta sexta-feria também foi respaldado pelotom positivo em Wall Street, com os índices Dow Jones e S&P 500 fechando em leve alta na sessão e registrando o melhor primeiro semestre desde 2013.

Destaques

- PETROBRAS PN subiu 1,56 por cento e PETROBRAS ON ganhou 1,46 por cento, em sessão de alta nos preços do petróleo no mercado internacional e após a empresa anunciar nesta manhã que poderá reajustar os preços do diesel e da gasolina com mais frequência, "inclusive diariamente".

- BRADESCO PN teve alta de 1,81 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN avançou 0,66 por cento, ajudando o tom positivo do Ibovespa devido ao peso dessas ações em sua composição.

- SABESP ON subiu 2,76 por cento, respaldada pela conclusão da revisão tarifária da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que aumentou o otimismo sobre a revisão para a empresa paulista de saneamento e água, que deve sair em 15 de setembro.

- COPASA ON, que não faz parte do Ibovespa, ganhou 3,36 por cento, após a conclusão da segunda etapa da revisão tarifária, com índice médio de aumento de 8,69 por cento, ante indicação anterior de alta de 4,06 por cento.

- VALE PNA teve variação positiva de 0,11 por cento e VALE ON ganhou 0,35 por cento, devolvendo as perdas vistas mais cedo, em mais uma sessão de ganhos para os contratos futuros do minério de ferro na China, mas com os fortes ganhos recentes limitando o movimento. Os papéis preferenciais acumularam alta de 11,72 por cento nos sete pregões anteriores.

- CSN ON avançou 4,51 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, também na esteira do desempenho dos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China. USIMINAS PNA subiu 1,77 por cento e GERDAU PN teve valorização de 1,18 por cento.

- FIBRIA ON perdeu 1,49 por cento, no pior desempenho do índice, após avançar quase 4 por cento na véspera. Como pano de fundo estava a negativa da empresa de que estaria em negociações com a Arauco sobre uma potencial parceria para compra de participação na produtora de celulose Eldorado Brasil, da holding J&F.

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