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Ibovespa fecha em alta de 1,3% com Petrobras e Telefônica

O índice fechou em alta pelo segundo pregão consecutivo, diante do salto de Petrobras seguindo o petróleo e disparada da Telefônica Brasil


	Bovespa: o Ibovespa subiu 1,3%, a 50.245 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o Ibovespa subiu 1,3%, a 50.245 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2015 às 17h59.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta pelo segundo pregão consecutivo nesta quarta-feira, diante do forte avanço de Petrobras seguindo o petróleo e pela disparada da Telefônica Brasil com notícias da empresa agradando investidores.

O comunicado de política monetária do Federal Reserve, sem surpresas, amparou uma leve melhora na bolsa paulista, com agentes financeiros encerrando o pregão à espera da decisão de juros do Banco Central do Brasil.

O Ibovespa subiu 1,3 por cento, a 50.245 pontos. O giro financeiro totalizou 6,78 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do BC norte-americano avaliaram ao fim da reunião de dois dias que a economia e o mercado de trabalho continuam se fortalecendo.

Os contratos futuros de juros nos EUA seguiram refletindo uma chance maior de alta da taxa no país apenas em dezembro.

A quarta-feira ainda reserva a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro, particularmente de sinalizações sobre eventuais novas altas de juros à frente após a revisão de metas fiscais pelo governo federal.

Pesquisa Reuters com 55 analistas mostrou na sexta-feira 42 esperando aumento de 0,50 ponto percentual na Selic agora, para 14,25 por cento ao ano. O restante prevê alta de 0,25 ponto.

Para a equipe da corretora Concórdia, a inflação persistente e acima do teto da meta, com projeção de que a convergência para o centro da meta de 4,5 por cento não ocorra antes do fim de 2016, está entre as razões para uma alta de 0,5 ponto.

O potencial efeito da taxa de câmbio sobre a inflação doméstica e a pressão exercida pela correção de preços administrados foram citados pela corretora a favor da manutenção do ritmo de aumento na Selic.

DESTAQUES

=PETROBRAS engatou nova sessão de recuperação, fechando com ganhos ao redor de 7,5 por cento, conforme os preços do petróleo no exterior retomaram o viés ascendente, após queda semanal acima do esperado nos estoques da commodity nos Estados Unidos. Os papéis da estatal também têm como catalisador de curto prazo expectativas relacionadas à venda de ativos da subsidiária Transportadora Associada de Gás (TAG) e eventual oferta de ações da BR Distribuidora. No mês, contudo, os papéis da estatal ainda acumulam perda em torno de 16 por cento.

=TELEFÔNICA BRASIL , dona da marca Vivo, saltou 6,6 cento, após divulgar alta dos resultados operacionais no primeiro balanço trimestral após a conclusão da compra da GVT. A companhia também elevou expectativa de sinergias com a aquisição da GVT para até 22 bilhões de reais, no melhor cenário, e a francesa Vivendi anunciou acordo com a espanhola Telefónica para trocar 58,4 milhões de suas ações preferenciais da Telefônica Brasil, representando 3,5 por cento do capital acionário, por 46 milhões de ações ordinárias da espanhola Telefónica. O papel ON, que não está no Ibovespa, subiu 7,55 por cento.

=VALE terminou com as preferenciais em alta de 1,68 por cento, após forte avanço dos preços do minério de ferro da China, onde a commodity com entrega imediata no porto de Tianjin subiu 6 por cento. Investidores também aguardam o resultado trimestral da companhia na quinta-feira, antes da abertura do mercado. Projeções compiladas pela Reuters apontam lucro de 408 milhões de dólares entre abril e junho, interrompendo sequência de três trimestres consecutivos de prejuízo. A Vale também informou que obteve autorização judicial para retomar as obras de ampliação da Estrada de Ferro Carajás, importante no plano de expansão da produção da companhia.

=GRUPO PÃO DE AÇÚCAR fechou em alta de 1,77 por cento, em meio à análise do balanço do segundo trimestre, que mostrou prejuízo. A companhia disse em teleconferência que os planos de redução de despesas implementados desde o ano passado devem continuar dando resultados no segundo semestre deste ano. Para a equipe da corretora Brasil Plural, os fracos números do segundo trimestre marcam o ponto de inflexão dos resultado da empresa tanto na parte de alimentos como no consolidado.

=CESP foi destaque na ponta negativa do Ibovespa, com queda de quase 4 por cento, num dia de perdas em papéis de empresas de energia elétrica em meio à reunião da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que discutiu com o setor elétrico um acordo para o déficit hidrelétrico. Próximo do fechamento, um dirigente de associação do setor que participou de reunião afirmou que a proposta alinhada por governo e Aneel para resolver a questão hídrica prevê compensar empresas que tiverem perdas com alongamento dos contratos de concessão das usinas. O índice do setor elétrico na Bovespa caiu 0,7 por cento.

=ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES e KROTON EDUCACIONAL caíram 3,32 e 1,22 por cento, respectivamente, após relatório do Goldman Sachs ter reduzido a avaliação sobre o setor de educação no Brasil para "neutra" ante "atrativa", incluindo corte na recomendação de Kroton de "compra" para "neutra". "Nossa perspectiva mais cautelosa sobre o setor de educação no Brasil é motivada pela visão de que a rápida desaceleração no ambiente macroeconômico levará a um aumento de taxas de desistência e limitará o número de novas matrículas", disse o Goldman Sachs.

Texto atualizado às 17h59
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