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Ibovespa fecha em alta com impulso de Vale, mas cai 2% na semana

Principal referência da bolsa brasileira subiu 0,5%, a 85.697,15 pontos

Ibovespa: Vale e Petrobras ofuscaram o viés mais negativo dos mercados no exterior (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: Vale e Petrobras ofuscaram o viés mais negativo dos mercados no exterior (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 21 de dezembro de 2018 às 18h10.

Última atualização em 21 de dezembro de 2018 às 19h07.

São Paulo - A bolsa paulista encerrou esta sexta-feira no azul, mas acumulou queda na semana, no pregão antes do feriado de Natal, com os ganhos da Vale ofuscando o viés negativo de Wall Street.

Referência no mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,5 por cento, a 85.697,15 pontos. O giro financeiro somou 18 bilhões de reais.

Na semana, o indicador fechou no vermelho em quatro dos cinco pregões, acumulando perda de 2 por cento. No ano, porém, o índice ainda tem valorização de 12,2 por cento.

Para o gerente de renda variável da H.Commcor, Ari Santos, a B3 descolou-se da tendência negativa nas bolsas internacionais, com os ganhos de Vale e Petrobras contrabalançando a fraqueza dos bancos.

"É uma mistura de Petrobras e Vale contra bancos. Essa recuperação é porque já apanhamos bastante também e alguns papéis estão se recuperação em relação às quedas recentes", afirmou Santos.

Ainda no front doméstico, com o noticiário político um pouco mais esvaziado devido à aproximação do Natal e Ano Novo, os holofotes se voltaram para os mais recentes indicadores da economia brasileira.

Entre eles, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) encerrou 2018 com alta de 3,86 por cento, ante 2,94 por cento em 2017, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A prévia da inflação oficial em dezembro registrou a maior deflação em 24 anos.

No exterior, investidores demonstraram menor apetite por risco, enquanto monitoram a chance de paralisação parcial do governo norte-americano em meio ao impasse entre republicanos e democratas sobre o projeto orçamentário. S&P 500, Dow Jones recuavam ao redor de 1,5 por cento.

Destaques

- MRV ON fechou em alta de 13 por cento, com o melhor desempenho entre as ações do Ibovespa, após a cisão da Log e listagem no Novo Mercado da B3. Os papéis da empresa de galpões logísticos estrearam com queda de 44,2 por cento em relação ao valor de referência de 28,68 reais estabelecido com base no fechamento do papel da construtora na véspera, encerrando o dia com baixa de 39 por cento.

- EMBRAER ON avançou 5,5 por cento, também entre os destaques positivos do índice, enquanto agentes do mercado aguardam novos desdobramentos do acordo de venda da divisão de jatos comerciais para a norte-americana Boeing, que vem sofrendo oposição de investidores e sindicatos.

- VALE subiu 2,1 por cento, sendo uma das principais influências positivas, na esteira do avanço dos preços do minério de ferro na China.

- PETROBRAS PN apreciou-se 0,28 por cento e PETROBRAS ON avançou 0,08 por cento, na contramão dos preços do petróleo, na esteira da notícia de que a estatal suspenderá novos projetos de desinvestimentos em exploração e produção após decisão do Supremo Tribunal Federal.

- ITAÚ UNIBANCO cedeu 0,46 por cento e BRADESCO recuou 0,76 por cento, devolvendo ganhos do início do dia. Ainda no setor bancário, SANTANDER UNIT se desvalorizou 0,7 por cento. Já BANCO DO BRASIL ON teve variação positiva de 0,02 por cento.

- ELETROBRAS PNB cedeu 1,97 por cento e ELETROBRAS ON recuou 1,73 por cento, com investidores atentos à venda de distribuidoras da elétrica.

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