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Ibovespa fecha em leve alta, mas cai 1,7% na semana

A sessão foi marcada por pressão sobre as ações de siderúrgicas após declarações de Trump sobre taxação das importações de aço e alumínio

B3: o Ibovespa fechou em alta de 0,45% (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o Ibovespa fechou em alta de 0,45% (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 2 de março de 2018 às 19h04.

Última atualização em 2 de março de 2018 às 19h23.

São Paulo - O principal índice acionário da bolsa paulista fechou em alta nesta sexta-feira, recuperando o fôlego rumo ao fim do pregão. A sessão foi marcada por pressão sobre as ações de siderúrgicas após declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre taxação das importações de aço e alumínio.

O Ibovespa fechou em alta de 0,45 por cento, na máxima da sessão, a 85.761 pontos, após cair 1,73 por cento na mínima do dia. Na semana, no entanto, o índice acumulou queda de 1,76 por cento. O giro financeiro somou 10,59 bilhões de reais.

A aversão a risco nos mercados globais desencadeada na véspera após a decisão de Trump se estendeu até este pregão, diante de receios de uma guerra comercial.

No entanto, rumo ao fechamento dos negócios, o Ibovespa que já vinha se afastando das mínimas ao longo da tarde migrou para território positivo, ganhando respaldo também da melhora vista em Wall Street, onde o S&P 500 fechou em alta de 0,5 por cento.

"O mesmo sentimento de ontem a gente vê hoje, que é o de resiliência. Uma bolsa que pode até cair, mas não cria um estado de pânico", disse o sócio analista da Eleven Financial Raphael Figueredo.

Destaques

- FLEURY ON subiu 4,36 cento e liderou as altas do índice, depois que o grupo de laboratórios de medicina diagnóstica anunciou a maior margem sobre resultado operacional desde sua estreia na bolsa brasileira, em 2009, graças ao crescimento de receita e controle de custos. A companhia lucrou 64,6 milhões de reais, 13,7 por cento menos na comparação com o quarto trimestre de 2016, mas analistas do Credit Suisse consideraram o resultado "sólido" e destacaram a manutenção do ímpeto da margem Ebitda.

- USIMINAS PNA caiu 3,90 por cento e CSN ON perdeu 5,05 por cento, as duas maiores quedas do índice, com o setor impactado pelos receios sobre a imposição de tarifas de importação de aço nos EUA. GERDAU PN, que tem operações em solo norte-americano, foi menos impactada e recuou 1,46 por cento.

- B3 ON ganhou 1,13 por cento, após a companhia reportar queda de 5,6 por cento no lucro líquido do quarto trimestre, para 635,8 milhões de reais, em função de uma piora no resultado financeiro do período. O desempenho operacional medido pelo Ebitda, no entanto, subiu 12,2 por cento ano a ano, para 672,9 milhões de reais.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,53 por cento, e BRADESCO PN ganhou 0,64 por cento, abandonando as perdas vistas mais cedo e ajudando a levar a bolsa para o território positivo devido ao peso em sua composição.

- PETROBRAS PN subiu 2,28 por cento, e PETROBRAS ON avançou 1,8 por cento, anulando as perdas vistas mais cedo e acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional, que também trocaram de sinal ao longo do dia.

- VALE ON caiu 1,57 por cento, em dia de perdas para os contratos futuros do minério de ferro na China.

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