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Ibovespa fecha em alta com cenário externo favorável

A Bovespa fechou em alta com o seu principal índice acima de 51 mil pontos pela primeira vez em quase um mês


	Bovespa: o Ibovespa subiu 2,26 por cento, a 51.629 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o Ibovespa subiu 2,26 por cento, a 51.629 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2016 às 17h53.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira, com o seu principal índice acima de 51 mil pontos pela primeira vez em quase um mês, amparado no quadro externo favorável, particularmente a alta dos preços do petróleo, e na falta de novos ruídos no cenário político local.

O Ibovespa subiu 2,26 por cento, a 51.629 pontos. O volume financeiro somou 7 bilhões de reais.

No mercado, há a visão de que os ativos de risco no mundo seguem bem amparados pela avaliação de que há um ambiente de crescimento global fraco, mas sem risco elevado de recessão.

Ao mesmo tempo, corroboram esse apetite o tom cauteloso do banco central dos Estados Unidos quanto ao aumento dos juros e manutenção de oferta de liquidez pelas demais autoridades monetárias das principais economias do globo.

Dados sobre o comércio exterior chinês estiveram sob os holofotes, apoiando os preços de commodities, enquanto o petróleo ainda encontrou suporte em números sobre estoques nos EUA e interrupções de produção na Nigéria.

Wall Street fechou com o S&P 500 em alta e o Dow Jones acima de 18 mil pontos pela primeira vez desde abril.

No Brasil, ajudou a trégua nos ruídos políticos que vêm preocupando investidores por eventuais riscos à aprovação de medidas vistas como essenciais à economia do país, assim como repercutiu bem a aprovação do economista Ilan Goldfajn para comandar o Banco Central.

DESTAQUES

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 8,93 por cento, beneficiadas pelo avanço dos preços do petróleo, além de dados de produção da companhia considerados fortes. O movimento foi ajudado também pelo anúncio de início do processo para venda de terminais de regaseificação no Rio de Janeiro e no Ceará, juntamente com as térmicas geradoras de energia associadas a eles.

- CSN saltou 16,45 por cento e USIMINAS disparou 11,70 por cento, apesar de perspectivas mais fracas para a indústria de aço no país. As ações têm beta elevado o que ajuda a explicar a oscilação mais forte em relação ao Ibovespa. Em evento com companhias no setor, o presidente da ArcelorMittal Brasil e conselheiro do IABr, Benjamin Baptista, disse que o setor está planejando fazer um pedido de investigação antidumping sobre aços planos laminados a quente e a frio produzidos na China.

- VALE encerrou com as preferenciais em alta de 1,23 por cento, na esteira do viés positivo na bolsa, apesar da leve queda nos preços do minério de ferro à vista na China. - COPEL avançou 6,47 por cento, capitaneando os ganhos das elétricas no Ibovespa, com o índice do setor na bolsa avançando 2,48 por cento. O segmento foi ajudado por relatório do Itaú BBA citando efeito positivo no setor como um todo de potencial revisão para cima das tarifas de usinas que renovaram concessão.

- BRADESCO subiu 3,14 por cento, em sessão positiva para os bancos e após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar, por unanimidade, a compra do HSBC Brasil pelo Bradesco, mediante condições acordadas incluindo restrição para o Bradesco comprar outras instituições financeiras no país nos próximos 30 meses.

- KROTON EDUCACIONAL avançou 3,89 por cento, para a máxima de fechamento desde janeiro de 2015, conforme o papel segue reagindo a expectativas ligadas a uma eventual fusão com ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES, que também foi "sondada" pela SER EDUCACIONAL.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE caiu 5,49 por cento, em sessão negativa para o setor de papel e celulose, bem como empresas que tendem a se beneficiar da depreciação da taxa de câmbio do país, conforme o dólar recuou mais de 2 por cento frente ao real.

Texto atualizado às 17h53
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