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Ibovespa renova máxima desde 2012 com suporte de Vale

O Ibovespa subiu 0,14%, a 65.840 por cento, no maior patamar de fechamento desde 27 de março de 2012

Bovespa: o Ibovespa tem encontrado suporte principalmente nos papéis de empresas que negociam matérias-primas (./Divulgação)

Bovespa: o Ibovespa tem encontrado suporte principalmente nos papéis de empresas que negociam matérias-primas (./Divulgação)

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Reuters

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 18h20.

Última atualização em 24 de janeiro de 2017 às 18h48.

São Paulo - O mercado acionário brasileiro terminou no azul pelo terceiro pregão consecutivo nesta terça-feira, com o principal índice da Bovespa apoiando-se nos ganhos da Vale para renovar a máxima desde março de 2012.

O Ibovespa subiu 0,14 por cento, a 65.840 por cento, no maior patamar de fechamento desde 27 de março de 2012. Na máxima do dia, o indicador chegou a subir 0,6 por cento, atingindo 66.172 pontos.

O giro financeiro somou 9,02 bilhões de reais, superando a média diária de 6,745 bilhões de reais para 2017 apurada até a véspera.

Conforme operadores, o Ibovespa tem encontrado suporte principalmente nos papéis de empresas que negociam matérias-primas. "As commodities continuam dando ritmo ao mercado", comentou o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

Na avaliação dele, o potencial de alta da bolsa paulista ainda não se esgotou. "A bolsa está mudando de patamar e ninguém quer perder, por isso vemos essa correria, esse ritmo de euforia, de rali", disse.

Mas movimentos pontuais de realizações de lucros não podem ser descartados, segundo o gerente da mesa de Bovespa da Hencorp Commcor Ariovaldo dos Santos.

"É natural realizar um pouco porque não há nada novo que explique as altas (do mercado) além do corte que foi feito na taxa de juro. É tudo na base da expectativa", afirmou.

Destaques

- VALE PNA avançou 2,79 por cento e VALE ON subiu 2,46 por cento, encerrando entre as principais altas do Ibovespa, impulsionadas pelos preços do minério de ferro, que subiram na China em meio a expectativas de demanda depois do feriado do Ano Novo Lunar, que fechará os mercados por uma semana a partir de sexta-feira.

- METALÚRGICA GERDAU cedeu 1,39 por cento, tendo a pior performance entre as ações do setor de siderurgia, seguida por USIMINAS PNA, com recuo de 1,34 por cento, GERDAU PN, em baixa de 1,02 por cento, e CSN ON, em desvalorização de 0,16 por cento. Nesta terça-feira, o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) informou que as vendas de aço plano aumentaram 16,8 por cento em dezembro ante igual mês de 2015, para 221 mil toneladas. A entidade ainda projeta crescimento de 15 por cento para janeiro.

- PETROBRAS PN subiu 0,31 por cento, mas PETROBRAS ON cedeu 1,39 por cento. A estatal terminou sem direção apesar do avanço das cotações do petróleo no mercado internacional. Além do anúncio de que o limite da oferta de recompra de títulos com vencimento entre janeiro de 2019 e março de 2020 foi elevado para 6 bilhões de dólares, estava no radar a notícia de que um grupo internacional entrou com um processo contra a Petrobras em Roterdã, na Holanda.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 0,24 por cento, pressionado por alguma realização de lucros depois de atingir nível histórico de fechamento na véspera. Outros bancos também fecharam no vermelho, com BRADESCO PN caindo 0,37 por cento, BANCO DO BRASIL ON cedendo 1,89 por cento e SANTANDER UNIT perdendo 1,98 por cento. Como resultado, o índice que reúne ações do setor financeiro terminou com baixa de 0,56 por cento nesta terça-feira.

- CYRELA ON caiu 0,4 por cento, após a empresa anunciar acordo que transfere ao Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) um terço do seu portfólio em escritórios comerciais em troca de fatia do fundo de investimento canadense em galpões logístico, a ser vendida para norte-americana Prologis. Já o índice composto por papéis de construtoras e incorporadoras avançou 0,27 por cento, com investidores atentos a possíveis desdobramentos das negociações entre governo e empresas para regulamentação de distratos. Entre outras notícias relevantes, a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) informou prever estabilidade nos financiamentos imobiliários com recursos da poupança em 2017, após queda de 38 por cento em 2016.

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