Ibovespa registra queda de 1% na semana (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2012 às 20h44.
São Paulo – O apetite por risco predominava nos principais mercados globais no início desta tarde. Por aqui, o Ibovespa estendia os ganhos da véspera e subia 1,74% na máxima do dia, atingindo os 67.167 pontos. No entanto, o desempenho semanal do principal índice da bolsa brasileira é negativo em 1%.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a Selic de 10,50% a 9,75% ao ano na noite de quarta-feira repercute entre os investidores neste pregão e divide o foco com o cenário internacional.
No exterior, por sua vez, a expectativa de que a Grécia irá assegurar a troca de dívida com investidores privados, cujo prazo termina às 17h (horário de Brasília) desta quinta-feira, corroborava o viés positivo nos negócios. Agentes também aguardam decisões de juros do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra. Em ambos os casos, não são esperadas grandes novidades, nem mesmo na coletiva à imprensa do presidente do BCE, Mario Draghi.
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Efeito Selic
As ações ordinárias da Lojas Americanas (LAME4) e da Lojas Renner (LREN3) dominavam a ponta positiva do Ibovespa, com ganhos em torno de 2,5%.
Os papéis de empresas do setor imobiliário também ganhavam impulso nesta quinta-feira. As ações de Gafisa (GSFA3), PDG (PDGR3) e Cyrela (CYRE3) entregavam ganhos próximos de 3% na máxima do dia.
O IMOB, índice que mede o desempenho das companhias imobiliárias listadas na Bovespa, valorizava 2,2% na máxima do dia. Em 2012, o índice registra alta de 29%. As companhias estão entre as mais beneficiadas com corte na taxa básica de juros anunciada ontem pelo Copom.
Petrobras
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) também operavam no terreno positivo. Os papéis preferenciais valorizavam 1,95% na máxima do dia, negociados a 24,45 reais.
Os investidores repercutem a notícia de que a petroleira BP vai comprar uma participação de 40% em quatro blocos de exploração e produção operados pela Petrobras.
A compra dos blocos de concessão, localizada na costa nordeste do Brasil, foi aprovada pela Agência Nacional do Petróleo brasileira (ANP) e será realizada pela subsidiária da BP Energy do Brasil Ltda, de acordo com um comunicado, no site da BP.
A Petrobras detém três concessões dos blocos definitivas, embora a apropriação do quarto seja compartilhado com os parceiros, incluindo a BP.