Pojeções para 2023: Morgan Stanley acredita que momento beneficiará ações da América Latina (Mike Blake/Reuters/Reuters)
O Morgan Stanley, um dos principais bancos de investimento dos Estados Unidos, tem uma visão otimista para o Brasil. Em relatório divulgado recentemente, a instituição financeira atribuiu a classificação de 'overweight' (ou seja, um desempenho superior ao do seu índice de referência) à bolsa brasileira. O único outro país da América Latina que recebeu a mesma classificação foi o Chile.
Os analistas do banco estimam que o MSCI América Latina (índice que acompanha o desempenho das bolsas de valores da região) alcançará 2.600 pontos até 2023, mas também esperam que haja volatilidade nas ações.
Os especialistas dizem que a América Latina fez sua "lição de casa" com as medidas de aperto monetário, apresentando progresso dentre outros países.
O banco também destacou a importância do crescimento econômico da China para os países latinos – a potência asiática deve implementar um "estímulo anticíclico" até o ano que vem, e tais medidas devem contribuir para o avanço de alguns setores, como o de commodities.
O posicionamento chinês pode influenciar as ações latino-americanas que, segundo o time da Morgan Stanley, devem se sair muito bem.
“Os ganhos de ações regionais provavelmente dependerão do cenário macroeconômico global, do nível de incerteza política e macro política doméstica e de um potencial ciclo de flexibilização monetária em 2023”, afirmam os analistas.
Por outro lado, os especialistas lembram que os investidores devem gerenciar de maneira proativa os riscos negativos associados aos períodos eleitorais, como manifestações sociais.
No caso brasileiro, a equipe liderada por Guilherme Paiva, do Morgan Stanley, afirma preferir e observar ações de empresas voltadas para o mercado doméstico.
Segundo eles, essas são as ações que devem se beneficiar de menor incerteza política no segundo semestre de 2022 e no corte de juros em 2023.
Para o índice Ibovespa, a companhia trabalha com uma projeção de 130 mil pontos em meados do próximo ano, representando uma valorização de cerca de 18% frente ao fechamento da segunda-feira, 6, dia de divulgação do relatório da Morgan Stanley.